RicardoDS escreveu:Eu faria nesta ordem:
1- Coletor MPFI + bicos + bomba de combustível com boa pressão pra dar conta de alimentar os 4 bicos corretamente + sonda lambda + megasquirt. E chega, para por aí. Utiliza a ignição atual (acho que dá, Fábio, confirma aí).
2- Injeção funcionando, boa esperiência adquirida, é hora de colocar uma roda fônica e jogar fora a ignição atual (acho que fica mais decente assim).
3- Turbo, tsiiiii, iahuu :smt077
A troca da bomba é essencial para o novo sistema de alimentação, o sistema multiponto trabalha originalmente com 3BAR de pressão, mas é possível trabalhar com mais caso os injetores não estejam suprindo a necessidade, como no meu Kadett, que chega a usar 6BAR! Para isso é necessário usar uma boa bomba de combustível.
Roda fônica é melhor do que o distribuidor, mas não é necessário fazer a troca. É possível continuar usando o distribuidor atual, porém, sendo controlado pela Mega.
É possível, inclusive, continuar usando o módulo HEI, como no meu caso. Não alterei nada no distribuidor e nos sensores originais, posso plugar uma Multec700 com chicote original que tudo funciona perfeitamente.
Sobre eliminar o módulo HEI, é possível. Aliás, é interessante entender o que esse módulo tão odiado faz
Ele é basicamente um condicionador de sensor VR (
sensor de relutância variável, é um tipo de sensor diferente do hall, encontrado no distribuidor do Monza EFI e na maioria dos motores GM, inclusive para ler a rotação pela roda fônica) e um driver de ignição.
Condicionador de VR é o circuito responsável por interpretar o sinal do sensor de rotação e converter em algo compreensível pelo módulo de injeção. Nos sistemas mais modernos, como a Motronic 1.5.4 do Kadett MPFI, esse circuito já faz parte do módulo.
Driver de ignição é um transistor de potência, responsável pelo chaveamento da bobina. Ele funciona como uma espécie de relé eletrônico. Por esse transistor passa toda a corrente necessária para alimentar a bobina, e é isso que causa seu aquecimento e eventual queima. Ou seja, o que queima no módulo HEI costuma ser somente o transistor de potência.
Mas não é só isso, há um outro detalhe importante. Quando a rotação está abaixo de 400RPM (durante a partida), a central envia um sinal de 5v para o HEI, e enquanto o HEI estiver recebendo esse sinal, é ele quem controla o dwell (tempo de carga da bobina - a original do sistema EFI trabalha com 2,5 milisegundos em modo normal, geralmente é o dobro durante a partida do motor) e o momento da centelha (ponto de ignição). Quando o motor de fato entra em funcionamento, superando os 400RPM, esse sinal de 5v é cortado, e o controle da ignição (tanto avanço quanto o dwell) passa para a central. O esquema é simples, e a MegaSquirt pode ser facilmente modificada para funciona com esse sistema, porém, pode-se usar o módulo HEI apenas para ler o sensor de rotação, eliminando a função de driver de ignição (que é o que efetivamente dá problema) e usar uma bobina com driver interno, como a de 3 fios do Gol Mi, que inclusive é mais potente do que a do Monza.
Ufa! Cansei! Mais tarde eu escrevo alguma coisa pra complementar :P