mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Assuntos relacionados à performance, conversão para álcool, etc.
TheRipper
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por TheRipper »

José Leal escreveu:Gustavo, entrando na conversa, já que vc vai mandar o MPFI, já coloca logo a MegaSquirt, pois se vc for colocar com a LE-Jetronic, para depois vc colocar a MS, vai ser desperdício de trabalho e dinheiro. Isso sem falar que para achar peças da LE-Jetronic pode ser difícil, apesar que saíu além do Monza, o Kadett, Gol GTI e Uno 1.6R MPI.
LE-Jetronic chuta que é macumba! Era muito bom para a época, mas não faz sentido comprar isso para instalar num carro em que a idéia é "modernização". O sistema Motronic dos Kadett 97/98 já é bem mais evoluído, mas é caro, difícil de instalar (terá que mudar MUITA coisa no carro) e também é limitado para preparações. Injeção programável é o caminho mais lógico, e MegaSquirt é o caminho mais barato e funcional :D
Editado pela última vez por TheRipper em 03 Set 2008, 16:45, em um total de 1 vez.
TheRipper
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por TheRipper »

RicardoDS escreveu:Eu faria nesta ordem:
1- Coletor MPFI + bicos + bomba de combustível com boa pressão pra dar conta de alimentar os 4 bicos corretamente + sonda lambda + megasquirt. E chega, para por aí. Utiliza a ignição atual (acho que dá, Fábio, confirma aí).
2- Injeção funcionando, boa esperiência adquirida, é hora de colocar uma roda fônica e jogar fora a ignição atual (acho que fica mais decente assim).
3- Turbo, tsiiiii, iahuu :smt077
A troca da bomba é essencial para o novo sistema de alimentação, o sistema multiponto trabalha originalmente com 3BAR de pressão, mas é possível trabalhar com mais caso os injetores não estejam suprindo a necessidade, como no meu Kadett, que chega a usar 6BAR! Para isso é necessário usar uma boa bomba de combustível.

Roda fônica é melhor do que o distribuidor, mas não é necessário fazer a troca. É possível continuar usando o distribuidor atual, porém, sendo controlado pela Mega.
É possível, inclusive, continuar usando o módulo HEI, como no meu caso. Não alterei nada no distribuidor e nos sensores originais, posso plugar uma Multec700 com chicote original que tudo funciona perfeitamente.

Sobre eliminar o módulo HEI, é possível. Aliás, é interessante entender o que esse módulo tão odiado faz :lol:

Ele é basicamente um condicionador de sensor VR (sensor de relutância variável, é um tipo de sensor diferente do hall, encontrado no distribuidor do Monza EFI e na maioria dos motores GM, inclusive para ler a rotação pela roda fônica) e um driver de ignição.

Condicionador de VR é o circuito responsável por interpretar o sinal do sensor de rotação e converter em algo compreensível pelo módulo de injeção. Nos sistemas mais modernos, como a Motronic 1.5.4 do Kadett MPFI, esse circuito já faz parte do módulo.

Driver de ignição é um transistor de potência, responsável pelo chaveamento da bobina. Ele funciona como uma espécie de relé eletrônico. Por esse transistor passa toda a corrente necessária para alimentar a bobina, e é isso que causa seu aquecimento e eventual queima. Ou seja, o que queima no módulo HEI costuma ser somente o transistor de potência.

Mas não é só isso, há um outro detalhe importante. Quando a rotação está abaixo de 400RPM (durante a partida), a central envia um sinal de 5v para o HEI, e enquanto o HEI estiver recebendo esse sinal, é ele quem controla o dwell (tempo de carga da bobina - a original do sistema EFI trabalha com 2,5 milisegundos em modo normal, geralmente é o dobro durante a partida do motor) e o momento da centelha (ponto de ignição). Quando o motor de fato entra em funcionamento, superando os 400RPM, esse sinal de 5v é cortado, e o controle da ignição (tanto avanço quanto o dwell) passa para a central. O esquema é simples, e a MegaSquirt pode ser facilmente modificada para funciona com esse sistema, porém, pode-se usar o módulo HEI apenas para ler o sensor de rotação, eliminando a função de driver de ignição (que é o que efetivamente dá problema) e usar uma bobina com driver interno, como a de 3 fios do Gol Mi, que inclusive é mais potente do que a do Monza.

Ufa! Cansei! Mais tarde eu escrevo alguma coisa pra complementar :P
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por Gustavo Turolla »

TheRipper escreveu: Ufa! Cansei! Mais tarde eu escrevo alguma coisa pra complementar :P
... tem mais? hahaha
valeu Fábio, foi uma verdadeira aula! E se tiver mais aí é muito bem vindo :mrgreen:
Então é possível resolver realmente vários problemas com a Mega. Até o maldito HEI, quem diria...
Qual a vantagem em usar uma bobina mais potente?

E uma dúvida que eu ainda tenho: como é feita a programação da MegaSquirt?
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Manual, chave reserva, alarme original... E ainda falta bastante coisa.

batido, saindo da funilaria eu posto fotos.
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por RicardoDS »

Gustavo Turolla escreveu:Qual a vantagem em usar uma bobina mais potente?
O combustível é queimado dentro da câmara com mais eficiência.
Gustavo Turolla escreveu:E uma dúvida que eu ainda tenho: como é feita a programação da MegaSquirt?
Liga a megasquirt no computador e programa ela.
Sem falar que com um pc ligado nela você pode gerar logs de sensores, etc..

Para ir se familiarizando, recomendo estes 2 sites:
http://forum.msbr.com.br/
http://www.msefi.com/

:smt023
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Uno Mille Economy 2009/2009 :oops:
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por mello3 »

Eu só acho que o módulo HEI é muito frágil...

Agora, com admissão MP + MS consegue-se uma MPFI semi-sequencial?
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por 500EF »

mello3 escreveu:Eu só acho que o módulo HEI é muito frágil...

Agora, com admissão MP + MS consegue-se uma MPFI semi-sequencial?
Com a roda fônica acredito que sim, pois assim a central (MS ou motronic) sabe quais são os 2 pistões que estão em cima e quais estão embaixo.

Só não dá para saber qual dos dois que está em cima que vai entrar na fase de admissão e qual vai entrar na fase de explosão, pois aí precisaria de um "sensor de fase", como acho que tinha nos 2.2 16v... :wink:
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por mello3 »

500EF escreveu:Só não dá para saber qual dos dois que está em cima que vai entrar na fase de admissão e qual vai entrar na fase de explosão, pois aí precisaria de um "sensor de fase", como acho que tinha nos 2.2 16v... :wink:
Isso já seria a sequencial né?
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Re: mesa redonda: MPFI, MegaSquirt, turbo... o que fazer?

Mensagem não lida por 500EF »

mello3 escreveu:
500EF escreveu:Só não dá para saber qual dos dois que está em cima que vai entrar na fase de admissão e qual vai entrar na fase de explosão, pois aí precisaria de um "sensor de fase", como acho que tinha nos 2.2 16v... :wink:
Isso já seria a sequencial né?
Se não me enganei, a do 2.2 16v sim. A sem o sensor de fase, poderia ser chamada de semi-sequencial, porque iria trabalhar de 2 em 2 cilindros (que já é melhor que as primeiras, que trabalhavam "no escuro", como a Le-Jetronic).

Por coincidência, eu e o ripper discutimos este assunto estes dias, mas acho que foi no kadetteiros, não foi, ripper?
Eduardo Rettore
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