Ignição CDI e as mitos da cmracing

Assuntos relacionados à performance, conversão para álcool, etc.
Rafaelo
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por Rafaelo »

darkknight escreveu:Rafaelo, respeito você e o seu conhecimento, já percebi que você entende bastante de gerenciamento e do sistema de ignição, mas infelizmente você foi levado a um raciocínio equivocado pelo Vinícius.
nao me enfluencie por ele, penso da mesma forma nessa questao em especial que a vela mudando a distancia do eletrodo o modulo ira produzir mais tensao isso nao existe. oque existe é toda abertura se precisa de mais tensao como tu mesmo ja falou e eu confirmo abaixo. agora modulo de igniçao algum aumenta a tensao quando se aumenta o gap da vela como tu disse aqui.
a medida que vai se abrindo a folga das velas, essa tensão vai aumentando
lamento cara tenho que discordar.
darkknight escreveu:o módulo esta ai para produzir esta tensão.
modulo nao produz tensao. ele so é um chaveador de alta tensao IGBT chaveia a primaria que entra em baixa tensao(tensao gerada pelo alternador) e depois multiplicada no primario. como ja falei algumas vezes aqui a determinante é a baixa tensao do sistema, e o fator multiplicador do transformador(bobina igniçao). a vela é so um terra.
darkknight escreveu:Se precisar mais ele se esforça e tenta mandar e portanto quem solicita esta energia para a ignição é o meio e a abertura do gap da vela, por isto que ele solicita sim a energia necessária.
nao é assim se esforça pra manda mais , como expliquei antes a bobina é um simples transformador, multiplicador de entrada, a determinante é a tensao de entrada no enrolamento da primaria, se forneceu 14V(alternador) na entrada do transformador ela será multiplicada e vira uma tensao maior que a de entrada. pode fechar o gap ou abrir ao ponto de pular a centelha. mais continua sendo a tensao fornecida pelo transformador. eu estava de acordo contigo ate agora mais essa nao posso concordar infelizmente.

vou dar um exemplo qualquer
tensao de entrada 14.4V -> multiplicada no primario 25:1 360V -> multiplicada no secundario 75:1 27000V. se tiver 0.1mm continua os 27kv, se tiver 0.8(original) continua os 27kv se tiver 1.5mm continua os 27kv porem "pulou" faltou energia... a parte que concordo contigo em partes é essa agora. “rigidez dielétrica” do ar quanto mais longe mais energia se nescessita OK ja sabemos disso, mais nao quer dizer que o modulo se esforça mais pra conseguir isso hehehe ele é so um chaveador de campo ueee
* a parte que continua os 27kv nao levem ao pé da letra a uma perda de tensao toda vez que aumenta a distancia do arco. mais nao um aumento de tensao pelo contrario se perde. e o modulo nao vai esforçar pra compensar isso. agora vo mostrar a parte bunita da coisa um simples modulo de igniçao ja fica de estudo pra todos aqui :smt023 se alguem achar a parte "inteligente" que solicita mais tensao me avise pq so vejo o chaveamento da bobina do primario.

modulo de igniçao é ignition driver. IGBT OUT é ligado a bobina pra chavea-la
Imagem
darkknight escreveu:se ela a vela tiver um gap grande e o seu sistema não tiver condição de mandar esta carga ai sim ocorre a perda daquele ciclo por completo
de acordo, voltamos ao Dark de antes :D

a “rigidez dielétrica” do ar diz que 60,000V serve pra formar um arco de 60mm em uma atmosfera limpa e nao caotica como é uma camara de combustao. dentro da camara comprimida é diferente, a rigidez dielétrica. ou seja deve ser menor que esse valor acima. se uma vela com 1.2mm ja escapa com 27kv. 60kv nao vai fazer uma centelha correta em uma vela de 60mm de eletrodo dentro da camara :lol:
darkknight escreveu:Mas se você abrir o gap das velas e assim aumentar a necessidade de uma maior voltagem para poder ignitar o faiskator irá entrar em ação e será fundamental, porem o que você ganha com isto?
explicado acima o amplificador vai suplir o gap gigante pq tem mais potencia OK... agora nao me pergunte o ganho e suas promessas ate pq nao tenho provas de sua eficaz. oque eu sei, mesmo sem testes é com o motor frio, ou alta taxa, ou alcool taxado, distribuidores ah um beneficio vale apena? bom se 600 reais nao for problema pra a pessoa que comprar vale apena mais existe caminhos mais inteligentes que esse, eu tenho um metodo mais simples pra melhorar isso com os mesmo 600,00 :D. a parte da potencia de 15%,torque nao sei de quanto. Duvido :smt023
darkknight escreveu:Lembre que no sistema com distribuidor não conseguira fazer grandes aberturas de vela, e pelo gráfico que postei a grade abertura de vela nem te dará economia e muito menos potência, portanto é melhor manter o sistema original e não se aborrecer.
sem duvida, de acordo.
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por nizer »

darkknight escreveu: Não Nizer, a perda no seu carro já esta computada no projeto, a necessidade de energia depende do projeto, se o seu carro for completamente original não adianta aumentar a centelha, só terá alguma validade este aumento se o seu carro tiver com algum problema, mas aumentando a energia você estará apenas mascarando o seu problema e não resolvendo.
Porque melhoraram as ignições nos carros modernos, porque os projetos mais modernos necessitam de mais energia, basta você ver que a taxa de compressão aumentou, por isto que melhoraram a ignição.
Dark,

meu carro não tem o motor Original com taxa original, o bloco foi substituido pelo do Vectra Flex com pistão plano, o cabeçote foi retificado também, devido a isso a taxa de compressão está em 11 (segundo o mecânico).
Então neste caso meu carro necessitaria de algo suplementar ao sistema de iginição original, uma vez que o motor foi modificado, certo ?
darkknight escreveu: Errado e muito errado, a quantidade de eletrodos não tem nada com um melhor centelhamento, a quantidade de eletrodos é apenas para aumentar a durabilidade da vela, pois assim ela terá 4 eletrodos para sofrerem desgastes ao invés de um único, mas a vela de 4 eletrodos não irá melhorar centelhamento algum.
Entendo, agora pense no seguinte:
***Vela com um eletrodo: ocorre carbonização devido à não combustão adequada na camara, cria depositos o que faz com que o centelhamento falhe, certo ?
***Vela com 4 eletrodos: ocorre carbonização da mesma forma, contudo por ter 4 eletrodos a possibilidade de falha é reduzida, certo ? ou seja, ocorre um melhor centelhamento...
não quis dizer que vai melhorar a centelha ou amplificar algo, disse apenas que melhora com relação às velas com 1 eletrodo.
e falando de velas, a durabilidade tem muito a ver com o centelhamento melhor uma vez que vela ruim = centelha ruim
Quem está atrás apenas dos elogios não está disposto a ouvir a verdade
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por darkknight »

Rafaelo e Vrsilva,

Como disse antes o que importa é a termodinâmica e os fenômenos que ocorrem no interior da câmara de combustão.

Todo arco voltaico forçado ocorre da seguinte forma, ele começa com uma elevação de tensão até o seu pico para determinada situação e materiais e ambiente específico onde a resistência dielétrica é vencida, esta é a região chamada de pico de tensão, vencida esta resistência a tensão não mais precisa ter o valor de pico a tensão cai para um valor que suficiente para se manter continuo até o final do disparo ou da centelha.

Observem no gráfico de osciloscópio de um arco voltaico, Portanto a tensão na ponta da vela será apenas o necessário para vencer a resistência, nunca superior e nem o máximo que o sistema pode fornecer, a tensão para que aumentar no momento que a resistência dielétrica é vencida.

Não adianta você ter um sistema capaz de entregar 60kv se a resistência dielétrica é vencida com 30kv e este será o valor necessário a ser fornecido para que ocorra a centelha.

Imagem


Agora observe que a ngk também cita sobre voltagem requerida pela vela, veja esta imagem, a voltagem requerida conforme a abertura da vela. (Quem solicita a tensão é a vela e o meio dielétrico que ela se encontra).

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Nesta outra imagem da NGK ela cita no texto abaixo da demonstração da folga do eletrodo que quando aumenta o gap aumenta a energia requerida.

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Nesta outra imagem mostra e esta escrito claramente sobre a tensão requerida e como ela baixa conforme a perda de isolação. E Mostra claramente que a voltagem gerada pela bobina não é fixa e varia.

Imagem


Que tal este outro gráfico que fala de voltagem disponível/voltagem aplicada na vela? Mostra que não é fixa e esta muito claro.

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Então esta imagem que mostra o gráfico entre voltagem disponível e voltagem requerida da própria ngk.

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Rafaelo escreveu:todos aqui  se alguem achar a parte "inteligente" que solicita mais tensao me avise pq so vejo o chaveamento da bobina do primario.

Acho que esta claro agora com a coisa funciona e mais claro ainda a parte “inteligente” da coisa.
Portanto a sua teoria e exemplos de que a tensão seria a mesma em qualquer condição do motor transmitindo sempre a mesma voltagem esta equivocada e se você não foi levado ao raciocínio erradamente pelo Vrsilva quer dizer que o seu raciocínio também estava errado.

Os conceitos e teorias são muito importantes para saber como o sistema funciona, porem o mais importante é a termodinâmica e realmente o que ocorre dentro da câmara de combustão.

Rafaelo escreveu:nao me enfluencie por ele, penso da mesma forma nessa questao em especial que a vela mudando a distancia do eletrodo o modulo ira produzir mais tensao isso nao existe. oque existe é toda abertura se precisa de mais tensao como tu mesmo ja falou e eu confirmo abaixo. agora modulo de igniçao algum aumenta a tensao quando se aumenta o gap da vela como tu disse aqui. 
Rafaelo, acho que os gráficos e imagens postados acima são auto-explicativos e comprovam justamente o que falei, conforme maior o gap mais tensão é requerida e mais energia será demandada.
Portanto quem determina a quantidade de energia é o meio e o gap da vela.

Rafaelo escreveu:a medida que vai se abrindo a folga das velas, essa tensão vai aumentando
lamento cara tenho que discordar.
Lamento também por você, mas acho que é uma parte que tem que se aprimorar e adquirir conhecimento, pois certamente irá complementar toda a experiência e estudo que você tem sobre motores e regulagens.

Rafaelo escreveu:darkknight escreveu:o módulo esta ai para produzir esta tensão.
modulo nao produz tensao. ele so é um chaveador de alta tensao IGBT chaveia a primaria que entra em baixa tensao(tensao gerada pelo alternador) e depois multiplicada no primario. como ja falei algumas vezes aqui a determinante é a baixa tensao do sistema, e o fator multiplicador do transformador(bobina igniçao). a vela é so um terra.
O que você quer dizer é que pouco importaria o gap da vela, mas a ngk pensa de forma diferente.
Rafaelo, esta muito claro que a vela e sua abertura irão determinar a quantidade de energia requerida.
O módulo e a bobina trabalham em função do ambiente dielétrico e da abertura da vela e o que ela requer para centelhar, portanto irá produzir apenas o necessário e não um valor fixo em todos os disparos.
Não é porque o sistema tem a capacidade de entregar 30.000v quem em todos os disparos e centelhas que eles estarão presentes.

Rafaelo escreveu:darkknight escreveu:Se precisar mais ele se esforça e tenta mandar e portanto quem solicita esta energia para a ignição é o meio e a abertura do gap da vela, por isto que ele solicita sim a energia necessária.
nao é assim se esforça pra manda mais , como expliquei antes a bobina é um simples transformador, multiplicador de entrada, a determinante é a tensao de entrada no enrolamento da primaria, se forneceu 14V(alternador) na entrada do transformador ela será multiplicada e vira uma tensao maior que a de entrada. pode fechar o gap ou abrir ao ponto de pular a centelha. mais continua sendo a tensao fornecida pelo transformador. eu estava de acordo contigo ate agora mais essa nao posso concordar infelizmente. 
Infelizmente rafaelo o seu modo de entender e de raciocinar sobre este fenômeno esta equivocado e com as explicações acima espero que entenda realmente como funciona o sistema de ignição e que isto traga vantagens para você de agora em diante, espero que entenda que o ato de fechar ou abrir o gap influencia diretamente na tensão requerida para o centelhamento.

Rafaelo escreveu:vou dar um exemplo qualquer
tensao de entrada 14.4V -> multiplicada no primario 25:1 360V -> multiplicada no secundario 75:1 27000V. se tiver 0.1mm continua os 27kv, se tiver 0.8(original) continua os 27kv se tiver 1.5mm continua os 27kv porem "pulou" faltou energia... a parte que concordo contigo em partes é essa agora.“rigidez dielétrica” do ar quanto mais longe mais energia se nescessita OK ja sabemos disso, mais nao quer dizer que o modulo se esforça mais pra conseguir isso hehehe ele é so um chaveador de campo ueee
* a parte que continua os 27kv nao levem ao pé da letra a uma perda de tensao toda vez que aumenta a distancia do arco. mais nao um aumento de tensao pelo contrario se perde. e o modulo nao vai esforçar pra compensar isso.
Rafaelo quanto menor for o gap para o mesmo ambiente dielétrico menor será a tensão requerida pela vela, esta mais do que provado e a própria ngk fala que a vela é quem requer a voltagem.
O que você diz é que não importa a abertura da vela você sempre terá os 27kv e isto esta completamente errado, veja os gráficos e se tiver alguma dúvida te explico melhor se você não entendeu, basta apenas perguntar que estou aqui para isto.

Rafaelo escreveu: agora vo mostrar a parte bunita da coisa um simples modulo de igniçao ja fica de estudo pra todos aqui  se alguem achar a parte "inteligente" que solicita mais tensao me avise pq so vejo o chaveamento da bobina do primario.
A ngk talvez seja a parte “inteligente”. E esta a disposição em seu manual.

Rafaelo escreveu:modulo de igniçao é ignition driver. IGBT OUT é ligado a bobina pra chavea-la
Rafaelo escreveu: darkknight escreveu:se ela a vela tiver um gap grande e o seu sistema não tiver condição de mandar esta carga ai sim ocorre a perda daquele ciclo por completo
de acordo, voltamos ao Dark de antes  

a “rigidez dielétrica” do ar diz que 60,000V serve pra formar um arco de 60mm em uma atmosfera limpa e nao caotica como é uma camara de combustao. dentro da camara comprimida é diferente, a rigidez dielétrica. ou seja deve ser menor que esse valor acima. se uma vela com 1.2mm ja escapa com 27kv. 60kv nao vai fazer uma centelha correta em uma vela de 60mm de eletrodo dentro da camara  
Claro que não pois o ambiente dentro da câmara é muito pior, mas uma oferta maior de energia fará com que consiga centelhar uma distancia maior dos eletrodos, mas isto não trara vantagens nem em consumo nem em potência, como já provado com gráfico em post anterior..

Rafaelo escreveu:darkknight escreveu:Mas se você abrir o gap das velas e assim aumentar a necessidade de uma maior voltagem para poder ignitar o faiskator irá entrar em ação e será fundamental, porem o que você ganha com isto?
explicado acima o amplificador vai suplir o gap gigante pq tem mais potencia OK... agora nao me pergunte o ganho e suas promessas ate pq nao tenho provas de sua eficaz. oque eu sei, mesmo sem testes é com o motor frio, ou alta taxa, ou alcool taxado, distribuidores ah um beneficio vale apena? bom se 600 reais nao for problema pra a pessoa que comprar vale apena mais existe caminhos mais inteligentes que esse, eu tenho um metodo mais simples pra melhorar isso com os mesmo 600,00 . a parte da potencia de 15%,torque nao sei de quanto. Duvido  
Nem precisa duvidar, já provei isto com o gráfico em post anterior.
Rafaelo escreveu:darkknight escreveu:Lembre que no sistema com distribuidor não conseguira fazer grandes aberturas de vela, e pelo gráfico que postei a grade abertura de vela nem te dará economia e muito menos potência, portanto é melhor manter o sistema original e não se aborrecer.
sem duvida, de acordo.
Rafaelo e vrsilva

Notem que este e um principio básico do funcionamento de uma ignição e este conceito deveria ser de conhecimento geral.

Acho que assim superamos este rotulo de vela inteligente criado por vocês aqui do monzeiros.

Mas ate o momento falei apenas da influencia da maior abertura de velas e que não gera beneficio algum.

Poderemos explicar porque um motor trabalha rico.

E veremos mais adiante que um faiskator não trará vantagens alguma.

Mas uma ignição como msd de múltiplos disparos e muito bem vinda em qualquer automóvel e trará benefícios mesmo não tendo a energia que o faiskator do rettore diz ter, notem que o benefício de uma msd ocorrera na economia de combustível e não no ganho de potência em si.

Ela sendo pouca coisa superior a uma original e muito melhor que o faiskator do cm.

Acho que esta mais do que explicado e comprovado que a tensão na câmara de combustão varia e desta forma a vela com o seu gap e o meio dielétrico é que solicitarão tal descarga.

Podemos prosseguir na termodinâmica? Para assim desmascarar de vez os mitos sobre os faiskators?
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por Rafaelo »

Dark, tu ta certo quando fala que quanto maior o GAP mais energia precisa disso nao duvido,discordo,etc. so oque, nao existe modulo de igniçao que se auto regula a tensao conforme se abre ou fecha a abertura da vela. ela é "fixa"(tensao) por exemplo sai da bobina a 25kv e pode cair e nunca aumentar pelo contrario a tendencia é diminuir a tensao ate a ponta da vela devido as caracteristicas fisica,etc. e se aumentar o gap de mais chega a um ponto que falha(pula) como tu mesmo mostrou no grafico da NGK.

denovo, todos os graficos que tu postou nao sobe a tensao ela DESCE é so olhar no ponto da tensao max do exemplo dado. como falei antes, a tendencia é sempre perder tensao e nao ganhar. ela começa a 25kv sai da ponta da bobina ate a ponta da vela deve chegar 20kv por exemplo. se carbonizar piora, se ficar molhada de oleo piora, se a mistura estiver muito densa piora, e ae por diante.

de resto to de acordo.
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por darkknight »

nizer escreveu:Dark,
meu carro não tem o motor Original com taxa original, o bloco foi substituido pelo do Vectra Flex com pistão plano, o cabeçote foi retificado também, devido a isso a taxa de compressão está em 11 (segundo o mecânico).
Então neste caso meu carro necessitaria de algo suplementar ao sistema de iginição original, uma vez que o motor foi modificado, certo ?
Olha existem carros com bobina plastica e com esta taxa, seria bom ter uma melhor oferta de energia sim, mas não terá a necessidade de um faiskator e a simples substituição da bobina sairia muito mais barato do que um faiskator que irá te aborrecer.
nizer escreveu:Entendo, agora pense no seguinte:
***Vela com um eletrodo: ocorre carbonização devido à não combustão adequada na camara, cria depositos o que faz com que o centelhamento falhe, certo ?
Errado, a não combustão adequada só ocorre por problemas como cabos ruins rotor ruim tampa gasta e etc... se o sistema esta em ordem não haverá combustão não adequada.
Não é a quantidade de eletrodos que irá influenciar e se o centelhamento vai falhar ou não.

nizer escreveu:***Vela com 4 eletrodos: ocorre carbonização da mesma forma, contudo por ter 4 eletrodos a possibilidade de falha é reduzida, certo ? ou seja, ocorre um melhor centelhamento...
Errado, se esta carbonizado, pode ocorrer várias coisas e não é porque você tem 4 eletrodos carbonizados que irá centelhar melhor, pois o carvão se faz em tudo, cabeça do pistão e etc... não apenas na vela.
nizer escreveu:não quis dizer que vai melhorar a centelha ou amplificar algo, disse apenas que melhora com relação às velas com 1 eletrodo.
Se esta carbonizado como na de 1 eletrodo irá falhar igual a de 1 eletrodo.
nizer escreveu:e falando de velas, a durabilidade tem muito a ver com o centelhamento melhor uma vez que vela ruim = centelha ruim
Não existe vela ruim, o que existe é vela que não é adequada ao seu projeto e não importa se ela tem 1 ou 1000 eletrodos se ela não for adequada ao projeto do seu motor a centelha será ruim da mesma forma.
Isto cabe quando eu falo das irregularidades do ciclo Otto, e observe que existe um projeto para o seu motor e a distancia e onde a centelha deverá ocorrer e se mudar isto você estará mudando a propagação da queima e isto irá influenciar negativamente no seu veículo.
Quando a propagação da queima se choca contra as paredes ela se extingue.
Mudando o ponto onde deve ocorrer o centelhamento você mudará a velocidade com que a propagação chegue as paredes.
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por darkknight »

Rafaelo, Acho ótimo os questionamentos, são bons para podermos explicar tudo e mostrar o raciocínio e fica um ótimo conteúdo para os usuários do fórum.
Note apenas que apesar de não gostar da pessoa cm e dos produtos do pilantra estou sendo imparcial e mostrando cientificamente o porque dos faiskators não cumprirem com o que prometem.
Mas lembro aqui que existem algumas marcas que pelo fato de terem multi disparos são interessantes e trazem benefícios ao sistema mesmo tendo praticamente a voltagem do sistema original.
Rafaelo escreveu:Dark, tu ta certo quando fala que quanto maior o GAP mais energia precisa disso nao duvido,discordo,etc.
Que bom, acho que o maior problema é a escrita e a forma com a qual cada um interpreta o texto, mas vamos aproveitando para trazer conhecimentos e conceitos para os usuários do monzeiros.

Rafaelo escreveu:so oque, nao existe modulo de igniçao que se auto regula a tensao conforme se abre ou fecha a abertura da vela.
Rafaelo a questão não é que ele se auto-regula e sim que ele fornece apenas o que a vela requer, se em uma condição X de compressão mistura Y e carga Z a vela requerer 15kv apenas para romper a resistência é exatamente isto que o módulo irá mandar e não a totalidade que ele pode produzir de energia na casa de 30kv.
Sacou, ele só manda o que a vela pede.
Por exemplo alterando o gap das velas você fara que ele mande mais ou menso energia mas note que esta energia nunca será superior ao que ele pode produzir.
Já o pessoal do faiskator se pega neste quesito eles forçam com que a vela necessite de mais do que o sistema original tem capacidade de mandar, ai eles colocam o super mega estrondoso faiskator e realmente a centelha ocorre já que ele tem uma capacidade maior de fornecer energia, porem eles não estudaram e nem viram na termodinâmica que naquele gráfico que postei do livro de Orbert que a 100km/h pouco importa a abertura do gap para economia de combustível e que a anergia demandada pelo faiskator pouco irá influenciar e que pelo gráfico a vela com a abertura de 0,7 e sendo suprida pelo sistema original irá produzir o mesmo trabalho e fara o mesmo que o faiskator com 60kv.
Em resumo, instalou o faiskator e ele realmente fez a centelha ocorrer mas não mudou nada no carro e apenas jogou dinheiro fora.
Rafaelo escreveu:ela é "fixa"(tensao) por exemplo sai da bobina a 25kv e pode cair e nunca aumentar
Errado Rafaelo, ela não é fixa nem sempre ela sai com os 25kv, 27kv, 30kv, só sai o que a vela requer para que a centelha ocorra e vença a resistência ao centelhamento, viu o gráfico do osciloscópio?
Para cada condição do motor com o mesmo gap a necessidade de energia será diferente.
Isto quer dizer que digamos que eu tenha 0,7 de gap e neste caso a minha carga irá aumentando e você sabe que a taxa de compressão é dinâmica e conforme o ambiente dentro da câmara for ficando mais caótico a vela irá solicitar maior voltagem de ativação e o módulo irá fornecendo esta tensão até a sua capacidade máxima.
Espero que tenha ficado mais claro agora.
Rafaelo escreveu:pelo contrario a tendencia é diminuir a tensao ate a ponta da vela devido as caracteristicas fisica,etc.
rafaelo a resistência realmente cai durante o percurso da bobina até a ponta da vela, pois neste caminho existem perdas.
Rafaelo escreveu:e se aumentar o gap de mais chega a um ponto que falha(pula) como tu mesmo mostrou no grafico da NGK.
Exatamente, neste ponto em que falha é porque a bobina e o sistema de ignição em si não foi capaz de produzir energia suficiente para vencer a resistência no interior da câmara.
Rafaelo escreveu:denovo, todos os graficos que tu postou nao sobe a tensao ela DESCE é so olhar no ponto da tensao max do exemplo dado.
Rafaelo tem os gráficos que mostram que quanto maior o gap maior será a tensão requerida.
Portanto a vela irá requerer a energia.
Se quiser comentar gráfico a gráfico é simples copie ele e vamos debater sobre cada um, acho até legal pois terá um conteúdo técnico para os usuários do monzeiros.

Rafaelo escreveu:como falei antes, a tendencia é sempre perder tensao e nao ganhar. ela começa a 25kv sai da ponta da bobina ate a ponta da vela deve chegar 20kv por exemplo.
Já expliquei anteriormente:

Isto esta claro no gráfico do osciloscópio que mostra o arco-voltaico.

“Rafaelo a questão não é que ele se auto-regula e sim que ele fornece apenas o que a vela requer, se em uma condição X de compressão mistura Y e carga Z a vela requerer 15kv apenas para romper a resistência é exatamente isto que o módulo irá mandar e não a totalidade que ele pode produzir de energia na casa de 30kv.
Sacou, ele só manda o que a vela pede.
Por exemplo alterando o gap das velas você fara que ele mande mais ou menso energia mas note que esta energia nunca será superior ao que ele pode produzir.
Já o pessoal do faiskator se pega neste quesito eles forçam com que a vela necessite de mais do que o sistema original tem capacidade de mandar, ai eles colocam o super mega estrondoso faiskator e realmente a centelha ocorre já que ele tem uma capacidade maior de fornecer energia, porem eles não estudaram e nem viram na termodinâmica que naquele gráfico que postei do livro de Orbert que a 100km/h pouco importa a abertura do gap para economia de combustível e que a anergia demandada pelo faiskator pouco irá influenciar e que pelo gráfico a vela com a abertura de 0,7 e sendo suprida pelo sistema original irá produzir o mesmo trabalho e fara o mesmo que o faiskator com 60kv.
Em resumo, instalou o faiskator e ele realmente fez a centelha ocorrer mas não mudou nada no carro e apenas jogou dinheiro fora.”

Rafaelo escreveu:se carbonizar piora, se ficar molhada de oleo piora, se a mistura estiver muito densa piora, e ae por diante.

de resto to de acordo.
Rafaelo qualquer coisa que atrapalhe o centelhamento é prejudicial.
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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por darkknight »

nizer escreveu: Isso quer dizer que um módulo de ignição, qualquer que seja, independente da quantidade de calor (joules) ou Voltagem que entregue, sendo estas acima da original, irá melhorar a queima ?
nizer escreveu: agora ainda com relação a Ignições CDI, o seu uso juntamente com velas diretas também proporciona uma queima melhor, quais as vantagens e não usar velas e cabos resistivos ?

Nizer, você esta recebendo informações de pessoas que tem a tendencia de deturpar as informações a seu favor.

Volto a falar aqui o que já tinha falado antes, a quantidade de energia extra só será necessária quando quantidade necessária for superior ao que o seu sistema original pode enviar.

Como falei antes o aumento do gap que seria o fator que iria requerer mais energia para centelhamento em nada irá beneficiar a economia e nem mesmo a potência.

Vocês que ficam recebendo informações deturpadas do lado de la tem a premissa de que maior gap terá maior economia e melhor desempenho, mas como provei retirado do livro de Orbert isto não ocorre então não existe a necessidade de aumentar o gap e a sua ignição original terá a capacidade de entregar a energia suficiente para o centelhamento, neste caso a ignição cdi não servirá para nada.

Mas voltando ao caso de velas diretas que você diz que entrega maior quantidade de energia por não ter a resistividade observe que esta energia a mais não é usada porque não é solicitada.

Observe que quem diz isto é a NGK e tirei este gráfico do mesmo lugar de onde você tirou o seu para justificar que seria melhor.

Porem a ngk afirma categoricamente que não existe diferença de desempenho e economia entre diretas e resistivas.

Ainda informa e recomenda que em carros carburados (antigos) seria melhor usar as velas resistivas por causa de equipamentos que podem ser instalados nos carros como gps, cd/dvd e etc.....

Portanto qual é a vantagem de usar velas diretas?

Nenhuma, nula e ainda atrapalha.

Veja o gráfico e a recomendação da NGK (bem clara).

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Re: Ignição CDI e as mitos da cmracing

Mensagem não lida por 500EF »

Estou meio enrolado por aqui com coisas do trabalho. Por isso não tenho postado muito ultimamente.

Mas estou para contar isso faz alguns dias.

A patroa me ligou reclamando que o cruze estava uma lesma lerda, que foi ligar o ar-condicionado e aí piorou de vez, estava se arrastando para subir o morro aqui perto de casa, etc.

Perguntei se estava falhando ou só fraco. Ela disse que não falhava, mas também não andava, estava uma porcaria, blá, blá, blá...

Eu só dei uma risada...

O motivo disso é simples. Como o Cruze chegou na km da revisão, tirei a ignição dele para mandar na css (e ainda não levei até hoje...) e não falei nada com a patroa.

Tem dinamômetro melhor do que esse? Para mim é o que importa. Resultado na prática. Independente de qualquer teoria ou descrença que alguém possa apresentar, só não coloco ignição em mais carros porque não tenho mais carros para colocar... hehehe

E isso que o cruze estava andando com as velas originais resistivas e com o gap original de ridículos 0,6mm.

Depois que voltar da revisão, pretendo já jogar pelo menos 1mm nelas...

Inclusive, na hora que desinstalei a ignição, dei uma volta no quarteirão para ver se estava tudo certo, com o sistema 100% original de volta, e assim que peguei a subida, ele grilou. Coisa que não fazia antes, com a plus. :wink:
Eduardo Rettore
Monza Classic 500 EF - 2.0i MPFi
Turbo@ 1 bar-Legalizado.
Trancado