Tata Nano no Brasil?

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Victor Matheus
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Tata Nano no Brasil?

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A afirmação foi dada pelo próprio fabricante do Nano Ratan N. Tata ao um jornal italiano.
O carro mais barato do mundo, deve ter deixado um monte de gente com inveja. Especialmente diante da série de reportagens ”Lá fora”, que mostrou o quanto os brasileiros são penalizados por impostos altos e lucros acima da média. Já imaginou poder comprar um carro novinho por R$ 4.415? Isso é quanto vale um Nano, hoje (112.735 rúpias ao câmbio de hoje). O primeiro a ser entregue, um Nano LX, que traz sistema de climatização do carro (ar quente e ar-condicionado), servo-freio, assentos em duas cores, em tecido, porta-malas com cobertura, banco traseiro rebatível com descansa-braço, travas elétricas, vidros dianteiros elétricos, faróis de neblina, hodômetro digital, porta-copos no painel central, saída de 12V para recarga de equipamentos e aerofólio traseiro, sai por R$ 7.260 (185.375 rúpias). Apesar de a previsão para o Nano chegar por aqui ser só em 2011, o Brasil está definitivamente nos planos da Tata. E, segundo Ratan N. Tata, presidente e dono da empresa, quem deve ajudá-la a chegar por aqui será a Fiat.

Foi isso que Tata disse hoje ao jornal italiano “La Stampa”, um dos mais importantes da Itália, com sede em Turim (mesma cidade da Fiat). Segundo ele, a parceria entre as duas empresas deve levar não só o Nano aos países da América Latina por meio da Fiat, mas também ao desenvolvimento de plataformas para novos carrros, para novos caminhões e para a venda de modelos Ferrari e Maserati na Índia por meio da rede de concessionárias da Tata.

O anúncio chega em boa hora. Carlos Ghosn, presidente mundial do grupo Renault, confirmou ao jornal “O Globo” que o Bajaj ULC será vendido no Brasil, algo que adiantamos em maio deste ano. Segundo Ghosn, só faria sentido vender o carro por aqui se ele tivesse fabricação nacional.

Como essas decisões industriais são normalmente padronizadas, podemos esperar pela fabricação nacional do Nano, o que poderia acontecer na própria fábrica da Fiat. O risco, com isso, é que o carro esteja sujeito à mesma política de preços praticada atualmente no Brasil e denunciada em nossa série especial, tirando do Nano boa parte de seu apelo de baixo preço. Tomara que não seja esse o destino do carro, mas é para essa direção que as coisas estão apontando...

O Nano tem 3,1 m de comprimento, 1,5 m de largura e 1,6 m de altura e é dotado de um motor traseiro de dois cilindros, todo de alumínio, com 624 cm³, 35 cv a 5.250 rpm e 48 Nm a 3.000 rpm. Com um peso de cerca de 600 kg, ele será capaz de atingir 105 km/h de velocidade máxima. Se o desempenho não empolga, consumo e emissões são dignos de nota: ele faz 23,6 km/l, o que, com seu tanque de 15 l, dá uma autonomia de 354 km. Em termos de dióxido de carbono, ele libera apenas 101 g/km. A garantia oferecida para o Nano é curta: 18 meses ou 24 mil km, o que vencer primeiro.

Todos os freios do carro usam tambores, o que seria um bocado temerário se ele atingisse velocidades mais altas, mas, com uma máxima de 105 km/h, não deve ser um grande problema, especialmente no tráfego carregado das grandes cidades indianas.

Em estradas, onde pouca gente deve se atrever a colocar o Nano, há um risco mais alto de o freio esquentar e perder eficiência. Especialmente sabendo que os freios não contam com hidrovácuo, que diminui a força da frenagem, a não ser a partir da versão intermediária do carro.

No que se refere ao Bajaj ULC, ele vem sendo desenvolvido pela Bajaj, fabricante indiano de motocicletas, em parceria com a Renault e com a Nissan. No Brasil ele também deve chegar em 2011 sob qualquer um dos emblemas, mas nós apostamos que ele virá como Renault por conta da maior rede de distribuição da marca francesa. A Nissan também poderia desenvolver uma variante do carrinho, mas o mais certo é que a Renault, em breve, apareça como a fabricante do carro mais barato do Brasil, algo que erroneamente se esperava do Logan.

Apesar de ter custo bem baixo, cerca de US$ 3.000, ou pouco mais de R$ 6.000, o Bajaj ULC quer se firmar mesmo é como um carro para lá de econômico. Segundo a empresa, a meta é que ele atinja 35 km/l. Como ele terá motores a diesel e a gasolina, é possível que essa meta seja atingida com a primeira opção de motorização, o que não quer dizer que a versão a gasolina seria beberrona. No Brasil, como você infelizmente já sabe, diesel não pode ser usado em carros de passeio. Fonte: Web Motors.
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