Minha busca por melhorar o sistema de injeção me fez pesquisar sobre os sistemas disponíveis no mercado quando o assunto é M.P.F.I. Como sabem, podemos encontrar diversos fabricantes, nacionais e importados, de sistemas embarcados configuráveis em diversos tipos de motores. Posso citar como exemplo a Fueltech, Pandoo, entre outros, como opções "fácies" de configurar e instalar.
Por que optar pelo projeto Megasquirt?
São vários os motivos de eu ter optado por usar uma das versões da Megasquirt no meu monza. Uma delas é o vasto leque de recursos que se encontra nesse sistema, onde nem sempre se pode contar com os kits já prontos do mercado. Como meu intuito é ter um carro pro dia-a-dia, precisaria de cada recurso que a Mega me oferece e que nem sempre encontro nas outras opções.
Quais os desafios?
Tive vários problemas que precisei contornar durante a instalação do sistema. Um deles foi que meu distribuidor deu pau e perdeu todo avanço inicial que tinha. Ele deslocou internamente, fazendo com que o ponto, por mais avançado que eu fizesse, não fosse suficiente pra ter uma queima correta. Ficou beberrão e murcho. Mas foi na hora certa pois já tinha tudo o que precisava pra instalar o novo sistema, exceto por esse contratempo do distribuidor. Analisando, resolvi também aposentar o sistema por distribuidor e partir pra roda fônica e fazer um COP.
E já que é pra colocar um sistema novo de injeção, por que não atualizar também o sistema de admissão e escape?
Penhorei um rim, um pulmão e 1/3 do fígado pra conseguir um conjunto de cabeçote + comando + bobina + coletor de admissão dos últimos astra flex (dica do amigo Rafaelo que me ajudou MUITO até aqui) e assim ganhar uns cavalos a mais. Felizmente achei tudo que precisava aqui mesmo na minha cidade, saindo o cabeçote + comando por 600,00, coletor de admissão + flauta e bobina por 350,00 (tudo muito novo tirado de um vectra 2010 que deu PT). Aqui vão as primeiras fotos:

Conjunto do cabeçote, gaiola, coletor, bobina e bicos


Cabeçote em perfeito estado de conservação

Retirei 1mm pra poder chegar aos 10:1 de taxa

Detalhe do coletor de admissão em plástico


Esse é o motivo de usar esse coletor e não o de alumínio.



Corpo de borboleta do Ômega 92


Detalhe da adaptação da fônica montada na polia principal


Já com todas as peças em mãos, parti pra migrar todo o sistema e.f.i. do monza pro chicote novo da megasquirt. Resolvi fazer um chicote novo, pra que não tivesse problemas na instalação elétrica do sistema. Aqui tem umas fotos da placa com algumas alterações que fiz pra poder usar a roda fônica e bobina dupla, adicionando dois drivers de ignição (na verdade um pois a mega já traz 1 no pacote básico).



Depois coloco uma foto com o case montado, pronto pra ser instalado.
Como a ansiedade era enorme, resolvi coloca tudo no cofre do monza pra ver como ia ficar o visual. Eis o rapaz:




Detalhe pro adicionador de ar, que controla a marcha lenta

Adaptações
Pra usar esse cabeçote, não precisei fazer muitas adaptações, e como podem ver, serviu certinho no coletor de escape e o de admissão não se chocou com nenhuma outra parte ou peça do cofre. Porém, tive que contornar dois obstáculos, que são um suporte pro cabo do acelerador (o original desse coletor é eletrônico e essa peça não existe) e um suporte pro alternador. Quem for usar esse cabeçote com esse coletor deve ficar atento a esses dois itens.
Outra ressalva foi a nova linha de combustível que fiz, usando mangueiras de um material parecido com plástico, desses que se vê nos carros atuais. Tive que adicionar um regulador de pressão novo, do monza mpfi (o mesmo do kadett, tempra, ômega e cia) de 3 bar. A bomba mantive a mesma do monza e.f.i.

Nessa foto está ilustrado como deve ser feito o caminho do combustível, sendo a mangueira que está ligada diretamente no regulador (parte inferior esquerda) o retorno e a que está ligada a um "T" a linha que deriva pro regulador e flauta
Quem for usar esse coletor precisará usar essa flauta por questão de ponto de apoio da mesma que é diferente das demais da linha gm. Nela temos apenas uma conexão, sendo que nas outras temos entrada e saída de combustível. Outro detalhe fica por conta da conexão com o hidrovácuo que nesse coletor é feito por engate rápido e no monza não é. Pra contornar isso basta retirar uma das buchas que ele tem de apoio e se fazer um caminho pra tomada de vácuo.

Depois de tudo montado, apertado com o torque correto, polia e correias sincronizadas, óleo adicionado bem como a água do sistema de arrefecimento + aditivo, foi o momento de instalar a polia com a roda fônica + suporte do sensor hall. Bolei um suporte bem simples, uma chapa dobrada com a furação do sensor preso na lateral da polia, entre o compressor do AC e da bomba da DH.


Roda fônica tirada do mesmo vectra do conjunto do cabeçote e comando, de configuração 60-2
Vou ficando hoje por aqui, amanhã vou atualizar o tópico com mais fotos sobre o processo de montagem do sistema e alguns vídeos do motor em funcionamento, o sistema novo de escape (4x1 em inox 2"), os problemas que tive e como contornei. Queria agradecer ao amigo Rafaelo que me ajudou muito até aqui. Valeu cara!
