Vc's citaram Bicicletas, Fita K7, Carro de Rolimã, Gravar Músicas e Videos e até Jogo de Rua... , que beleza :smt045 . Fica evidente que qdo contam estes fatos, além da saudade vem um sorriso de coisa boa

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Vou tentar resumir algumas passagens tb.
Bicicleta, tive uma Caloi dobrável vermelha, que chegou a ter guidão alto no estilo Easy Rider, (inspirado no filme "Sem Destino" com Peter Fonda), mas doia os pulsos e adormecia os braços.
Depois realizei um sonho com uma Caloi 10 prata, com cambio Shimano japonês.
Mas nada comparado a que meu pai tinha, um Le Jeneue francesa dos anos 50, toda em alumino, guidão de corrida (chifre de carneiro), cambio de 10 marchas e muito, muito leve. Um modelo parecido ganhou a Tour de France em 68. Esta ele comprou qdo trabalhava IRFM (Industrias Reunidas Francisco Matarazzo, que na época era um império e hj se resume ao sabonete Francis). Pilotar uma dessa era bem no estilo francês: boina, camiseta, calça com suspensório, óculos de soldador e alças presilhas para prender as barras da calça e não deixar enroscar na coroa/corrente.
Carro de rolimã, preferia o de 3 rodas, mais fácil de manobrar para cavalo de pau, a madeira boa era a de andaime de construção ou o tampo de carteira escolar (peróba vermelhão). Esse efeito na fórmula 1 de hj, de soltar faiscas qdo o assoalho raspa a pista, já tinhamos na época, começamos pregando chapas de lata de óleo de cozinha na parte inferior do eixo traseiro, de dia o efeito era pouco visivel, a noite melhorava, mas gastava rápido. Foi aprimorado com uso de pedaço de barra de ferro pregado em angulo negativo, e a ponta livre era liberada para arrasto por um sistema de alavanca e arame. Pois os projetistas/pilotos, após vários cálculos e testes, viram que a configuração barra sempre solta, segurava muito e demorava para pegar velocidade.
E além dos carros de rolimã, quem tb não se ralou jogando bola ?, no paralelepipedo, e no ataque fazendo tabela com o muro, (craque, era o que fazia tabela com o poste). Na época era com bola de couro (capotão), lubrificada com gordura de porco para não ressecar e diminuir o desgaste. Uma bolada nas costas ou uma de raspão no braço ardia pacas, pq fritava mesmo.
Na era do toca fita, havia um problema qto a seleção de músicas, as já gravadas além de caras, não atendiam ao gosto geral. Gravar no aparelho National ou Sharp em formato mono, de microfone (pq não existia cabos RCA), do rádio ou vitrola, era de qualidade razoável para ruim, A opção era as piratas da época, feitas nos fundos das lojas de discos, aonde se comprava prontas ou deixava a lista, e pegava dias depois.
As melhores marcas de fitas eram a TDK, Maxell e Basf. Gostava da Scotch que era feita de acrilico transparente. Mas em todas, era só pegar sol que ressecavam, sujavam o cabeçote e o toca fitas engolia. Era uma diversão tirar o rádio, abrir e desenroscar todo o emaranhado e depois polir o cabeçote com Kaol. (Viva o Compact Disk, Pendrive, Memory Card e o MP3).
O video k7 foi uma revolução qto a liberdade de se assistir o que e na hora quiser. O objeto de desejo era o Panasonic G9, fui 2 vezes a Manaus atrás dele para atender encomendas.
Em meados dos anos 70, a febre era roda aro 13, volante F1, toca fita TKR, etc.. , mas o quente era rebaixar, quem podia cortava as molas, os boy's de padaria colocavam sacos de cimento no assoalho do carona e no porta malas.
As gostosa se ganhava na lábia de vendedor de carnê do Baú, do Silvio.
Os cara de mauricinho metido a carica, se provocava tirando umas até, como de praxe, ir para os finalmente. Nada de treisoitão, setemeiota ou novemimi de hj, era sair no braço mesmo.
Éramos felizes...