Bom, para os que tiverem paciência de ler, aqui vai a história do carro. Há um tempo atrás vi um S/R 86 do Mercado Livre. De cara não pensei em comprá-lo, mas como eu estava trabalhando, mais ou menos próximo dos meus 18 anos, queria um carro que eu mesmo comprasse e pudesse chamar de meu, então liguei pro dono desse S/R e infelizmente o rapaz tinha vendido esse carro dois antes de eu ter ligado. Fiquei bastante chateado, já estava até imaginando o carro comigo, enfim. Postei isso no Facebook, que não tinha dado certo a compra e que eu estava a procura de outro, até que o Rick aqui do fórum, viu a postagem e comentou: "Cara, meu vô tem um carro desses, ele quase não usa o carro, se quiser posso falar com ele." Adicionei o Rick no Msn e começamos a falar um pouco sobre o S/R. Até então eu sabia muito pouca coisa, que não estava a venda ainda e que ele era vermelho, 87, assim como eu queria com motor Fase II. Passou algum tempo ele me ligou, falou que havia falado com o avô dele sobre o carro e me passou mais detalhes. Passou um certo tempo e eu já havia até esquecido disso, quando eu estava em São Paulo, lembrei do carro e aproveitei a ocasião para ver o carro. Logo de cara, quando cheguei à casa do avô do Rick, vi aquela lanterninha dos modelos 88 tímida no fundo da garagem, meio com cara de envergonhado e eu já me animei, da rua mesmo. Ao entrar, bati o olho no carro e em pensamento já acreditava ser "O carro." Ficamos a tarde toda na casa do avô do Ricardo, onde fomos muito bem recebidos, família muito hospitaleira. Dias depois, fui ver o carro novamente, já na intenção de tirar fotos pra poder ver o carro com calma em casa. Depois disso, fui negociando com o Rick pelo telefone e Msn, até que no dia 09 de junho fomos ao cartório e eu trouxe o S/R pra casa. Logo de cara, o S/R não quis abandonar o Sr. João (Avô do Ricardo). Fez birra, morreu na garagem e não queria sair. Tirei ele pra fora, colocamos álcool e regulei a carburação, ali na rua mesmo e ele já parecia mais animado. Veio pra casa com o maior fôlego. Depois disso regulei a documentação e consegui passar a documentação pro meu nome, mesmo sendo menor de idade.
O carro estava muito sujo, e apenas uma lavada não resolvia o problema, tinha sujeira encrustada na pintura. Nada que uma massa de polir Nº 2 não resolvesse. A pintura 90% original ajudou muito, voltou a brilhar quase como novo.
Agora vamos as várias coisinhas que já fiz.
Arrumei a antena elétrica, original Olimpus AC-10. Infelizmente, o carro teve seu rádio toca-fitas ainda quando novo, entre 88 e 90. O avô do Ricardo nunca colocou rádio nele, então o toca-fitas e os falantes ficaram parados décadas e a haste da antena estragou, tive que comprar outra. Comprei no Mercado Livre, de péssima qualidade pelo preço, não tem as dimensões perfeitas como a original. Então fica a dica.
Aqui a haste antiga, engripada de tudo. Lixo.



O conta-giros era muito lerdo, e não passava dos 4.000 RPM. Troquei com o do 86 para testar, e para minha surpresa, ambos ficaram perfeitos um no outro. Vai entender...

Comprei o adesivo "CHEVROLET", em cinza, que vai na tampa traseira. Adesivo original Gm na caixa, por apenas R$19,00.





Aqui, o estado dos adesivos originais ainda colados. Acima do S/R ' 2.0S havia um adesivo refletivo horrível. Retirei todos os adesivos com soprador térmico, saiu mais que fácil.


Nem o limpador nem a bombinha de água do vidro traseiro funcionavam. Chegava 12V mas nem sinal de vida. Tirei a proteção da tampa traseira e nada de ferrugem, como verão nas fotos a seguir, junto com as do reservatório de água e bombinha. Abri o motor, estava perfeito. Limpei e lubrifiquei, voltou a funcionar. A bombinha estava travada por falta de uso, girei a hélice com uma chave de fenda e voltou a funcionar também.








A tampinha já era, achei nova por R$40,00

As mangueiras que levam água do motor aos burucutus ressecam com o tempo. Troquei todas! Foram mais de 4m só de mangueirinha, que quando nova é bem flexível.

Dá muito, mas muito trabalho passar a mangueira da tampa traseira. Fiquei a tarde toda tentando passar e no final do dia minhas costas já tinham ido pro saco de ficar curvado em cima da tampa.



Os auto-falantes traseiros originais já tinham estourado há muito tempo. Coloquei um par Selenium triaxiais novos de 100RMS. Eles são muito fortes e são muito maiores que os originais, portanto, tiveram que ser colocados por baixo, diferente dos originais que são por cima.



Outra coisa, típica de todo Hatch. Borrachas vedantes dos vidros basculante traseiros. Essas borrachas, assim como nos Sedã duas portas, viram farelo com o tempo. Nos sedã, elas só fazem a vedação, nos Hatch, tem o papel de deixar o vidro alinhado, evitar ruídos e vedar. No meu carro, ainda tinha uma perfeita. Com base nela, eu e meu pai desenvolvemos um novo projetinho. Fizemos buchas de alumínio para deixar o vidro alinhado, e fizemos as borrachas de vedação no desenho original. Modéstia à parte, ficou muito bom. Vide fotos:






Vidros verdes. Nas fotos estavam sujos, mas limpei cuidadosamente cada um. Vidros verdes são lindos:



O carro roda apenas de FDS. Então às vezes ligo ele parado na garegem. Um belo dia achei uma poça de óleo no chão, abri o capô e a borracha de retorno de óleo havia sido cortada por alguém no passado. Comprei uma nova para a troca. Vejam a velha, o estado:



Infelizmente, o única câncer dele está nas portas, em estado ainda inicial. Pra evitar que a história que aconteceu no 86 se repita, comprei Ferrox, tirei a manta anti-ruído original, lavei elas por dentro, lixei, apliquei Ferrox e estou aguardando achar um profissional descente para recortar o pequeno furo causado, soldar e pintar decentemente.
Cantos perfeitos, sem podre:

Recomendação, rs.

Já por dentro...:

Aproveitei que ia desmontar, limpei e lubrifiquei tudo Ficou outra coisa para abrir a porta:


Eu fiz muito mais coisa, mas acho que fica muito pesado postar tudo num tópico só. Vou atualizando, fora da ordem cronológica mesmo mas vou atualizando.
Abraço à todos.