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Re: Regulagem do CO
Enviado: 17 Abr 2015, 18:23
por Rafaelo
DÉCO escreveu:Agora 3.0 bar de pressão na bomba!! :smt021 , o carro vai voar, gastar igual V8! A pressão correta é entre 1,9 e 2,1, tem que funcionar perfeito com esta pressão, se tiver que subir mais a pressão é pq vc está "mascarando" algum outro defeito.
Ele está falando no retorno da tensão do potenciômetro Deco, e não na pressão.
Re: Regulagem do CO
Enviado: 17 Abr 2015, 19:13
por DÉCO
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A Minha dúvida desde que mexi nele pela primeira vez:
Estes leitores de CO que espeta no fim do escape são confiáveis? Existem muitas variáveis que podem impactar no resultado, não é? Principalmente condições do escape, manutenções anteriores (deixa resíduo de óleo dentro do escape), velas, cabos e etc...
Existem variáveis que vão fazer ajustar errado e até piorando o desempenho do carro! Se ler a sujeira vai ler mais CO e vai "mandar" empobrecer a mistura.
Ideal seria uma lambda lá na junção se fosse ver, né?
Abraços
Re: Regulagem do CO
Enviado: 18 Abr 2015, 00:17
por Rafaelo
Deco está se referindo analisador de gases?
Correto, não são muito confiáveis quando descalibrados, mas é claro que são muito precisos quando calibrados, e explico o porquê.
Sim, sonda sujas tendem a mentir, elas acham que estão com a mistura rica devido a sujeira e isso vale pra qualquer sistema, o analisador de gases, ou sonda lambda onboard.
1° A analise é feita fria, isso induz a contaminar a sonda, o correto é para ser feita a quente (dentro do escape perto do cabeçote) não é 100% preciso o resultado como uma sonda colocada no escape. Por esse motivo te pedem para acelerar até 2500 rpm, fazendo os gases aquecer para a sonda aquecer, e também pelo fluxo mais rápido e pela troca dos gases.
2° Calibração, o sensor de tanto colocar em buracos diferentes acaba contaminando a sonda. Tem carros que queimam mais óleo, outros com água, outros muitos carbonizados, ah e sem contar nos metais pesados da gasolina suja (chumbo, mercúrio e etc...) isso gruda na sonda e acaba até metendo ela no lixo... e isso acaba sujando a sonda e descalibrando... duvido que alguma empresa faça calibração do sensor periodicamente! É caro é difícil de achar empresa especializada. É um equipamento muito caro.
Tanto é que as empresas que prestam esse tipo de serviço não permitem acoplar o sensor se o motor estiver queimando óleo, acho que isso explica o pq. Mas todo motor queima óleo e muitas vezes invisível, alguns mais outros menos. Tem a contaminação ferrosa (escapamento aço e ferro fundido) ainda... Então, eu faria uma piada mas o local não me permite, rsrsrs! Sonda com DST, kkkkk!
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Já as sondas lambda (analisadoras de oxigênio) que são onboard, essas sondas como no caso a wide, a Bosch deixa bem claro, evitar contaminação com água, óleo, silicone, ferrugem. Nesse caso também corre o mesmo risco que as sondas dos analisadores de gases... O fabricante Bosch, diz novamente, trocar o sensor a cada ate 180.000 km como é o caso das wide. Depois ela perde valide nas analises. Claro que esse valor pode se reduzido se o motor estiver em condições precárias. 180k é em num plano perfeito. A pastilha de platina da sonda acaba grudando muito metal pesado depois disso.
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As sondas precisam estar quentes para efetuar a leitura, se estiver fria ela não lê, ou se lê vem com defasagem :smt023 tanto é que elas são aquecidas ou aquecidas em malha fechada(wideband) aquecimento inteligente.
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O ideal é a sonda mais próxima do cabeçote (fluxo rápido, baixa condensação, baixa poluentes devido o calor dos gases) não é atoa que os motores atuais a sonda primaria (sonda da malha fechada da mistura) fica no coletor ou logo abaixo do 4X1(como é meu caso).
Re: Regulagem do CO
Enviado: 18 Abr 2015, 06:39
por Carlos A. Freire
Quando aqui na capital paulista tinha a inspeção veicular obrigatória. Conferia ou ajustava o CO e HC (índices que reprovavam na inspeção) no analisador de gases da oficina que um amigo tinha, e na inspeção não estava muito diferente.
Tanto no analisador de gases da oficina como do empresa de inspeção o filtro da maquina era trocado após algumas análises (quantidade de carros), e não eram muitos carros, para não afetar o resultado final. Lembro de ver carro reprovado e o inspetor trocou o filtro para ver se enquadrava. Isso quando estava perto do limite. O limite exigido pelo órgão municipal para veículos entre 92 e 96 era de 3% de CO para veículos gasolina, álcool não me lembro. No manual do Monza por exemplo, máximo de 1% e no meu Monza sempre deu 0,7%.
Em nenhum dos casos colocavam o equipamento em carro com fumaça visível, tanto de óleo como de excesso de combustível.
Uma recomendação do meu amigo da oficina era de esticar bem as marchas, deixar o motor em alta rotação. Segundo ele para limpar o sistema de exaustão e chegar com motor quente. Se perceber que o motor estivesse frio não fazer a vistoria pois corria o risco de ser reprovado. Então aquece o motor enquanto espera sua vez. Eu por exemplo, chegava minutos antes do horário agendado para vistoria. Era comum ver carros parados horas antes do agendamento.
Abs,
Carlos Freire
Re: Regulagem do CO
Enviado: 18 Abr 2015, 10:57
por Felipe Lichirgu
Carlos A. Freire escreveu:Tanto no analisador de gases da oficina como do empresa de inspeção o filtro da maquina era trocado após algumas análises (quantidade de carros), e não eram muitos carros, para não afetar o resultado final. Lembro de ver carro reprovado e o inspetor trocou o filtro para ver se enquadrava. Isso quando estava perto do limite. O limite exigido pelo órgão municipal para veículos entre 92 e 96 era de 3% de CO para veículos gasolina, álcool não me lembro. No manual do Monza por exemplo, máximo de 1% e no meu Monza sempre deu 0,7%.
Em nenhum dos casos colocavam o equipamento em carro com fumaça visível, tanto de óleo como de excesso de combustível.
Só para esclarecer, os limites para os veículos a álcool são os mesmos para os movidos à gasolina (para os veículos de 1992 à 1996), na inspeção do Controlar. Estes limites são definidos pelo CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) que é o órgão consultivo do SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e tais limites determinados pelo CONAMA estão nas Resoluções por eles elaboradas, bem como na Lei nº 8.723 de 1993, que é a legislação que regulamentou o controle de emissões veiculares no Brasil - só pra ter ideia, de quanto tempo depois começou a ser aplicado o que dispõe a lei.
Abç,
Felipe Lichirgu.
Re: Regulagem do CO
Enviado: 20 Abr 2015, 00:39
por Rafaelo
Carlos A. Freire escreveu:Tanto no analisador de gases da oficina como do empresa de inspeção o filtro da máquina era trocado após algumas análises (quantidade de carros), e não eram muitos carros, para não afetar o resultado final. Lembro de ver carro reprovado e o inspetor trocou o filtro para ver se enquadrava. Isso quando estava perto do limite.
Carlos o filtro é barato mesmo, ate pq é feito do mesmo esquema dos de óleo, o que não é barato é a calibração periódica. A máquina precisa ser calibrada e aferida de tempos em tempos com certa frequência (máquina de uso continuo diário como inspeção veicular), se tu notar vai ver um selo da empresa calibradora no gabinete da máquina. Para quem tem oficina não é o problema, mas a gente precisa confiar se a empresa prestadora de serviço faz sua parte :smt023
Mesmo com o filtro passa um pouco de sujeira e com o tempo se perde a calibração da máquina, imagina milhares de carros fazendo mesmo ritual, chega a um ponto que satura a sonda e perde a referência (assim como uma ponta de prova de um osciloscópio) por onde passa os gases. Assim como é um torquímetro, phmetrimo e etc... É preciso aferir a calibração de tempos em tempos, e ai onde entra a parte da confiança da máquina com a empresa.
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Esclarecendo, não existe relação da queima (resultado final) entre combustíveis... Não interessa o combustível queimado na analise. Os valores são referencial por fator Lambda sempre. Ou seja, fator 1.0 significa estequiométrica para qualquer combustível, álcool, gasolina, GNV, diesel, querosene, propano e etc...
Então se diz 3% de CO tanto faz o combustível queimado. O resultado é sempre o mesmo. 3% CO à gasolina são os mesmo 3% no álcool. Por isso que não se vê descrimação como o Felipe falou antes.
Não podemos confundir a relação AF/R de cada combustível. Ai sim muda, mas a queima é sempre a mesma para qualquer combustível.
Exemplo:
AFR estequiométrica antes da queima.
gasolina: 14.7:1 (gasolina pura 99.9%)
álcool: 9.0:1 (álcool puro 99.9%)
Re: Regulagem do CO
Enviado: 11 Abr 2023, 21:40
por Frostigu
Carlos A. Freire escreveu: ↑13 Abr 2015, 06:01
O ajuste de CO deve ser feito com analisador de gases no escapamento, que no caso dos motores álcool deve ficar entre 0,3% e 0,7%.
Os valores médios não é indicado como ajuste final. Mas a média em tensão fica entre 1,5 e 2,0 Vcc.
Meu Monza GLS 96 gasolina já ficou com 1,5 e 1,8 em várias vezes em que foi ajustado com analisador de gases e o mesmo ocorreu com Monza Club 94 álcool de um amigo, mostrando que o ajuste não é só um para o mesmo motor, pois sempre terá diferenças de condições na ignição, motor, combustível, óleo de motor, respiro do motor... Hoje os dois Monza estão com 1,5Vcc
Abs,
Carlos Freire
Pois é. Acho muito incerto sem o analisador. Sempre vi que o certo é 1,8 a 2,0. Depois vi que era de 1,4 a 2,0. Hoje eu acabei de regular e pensei, por que não deixar próximo do mínimo? O menor que marcou foi 1,17, deixei a 1,20 e o carro funciona redondo e sem cheiro de gasolina (pelo menos a primeira impressão, não sei se é otimismo exagerado meu).
Re: Regulagem do CO
Enviado: 12 Abr 2023, 05:30
por Carlos A. Freire
A mistura ar combustível e o tempo de injeção tem que estar adequado ao motor. Mistura muito rica ou muito pobre podem ser prejudicial ao motor. Mistura muito pobre pode causar super aquecimento na câmara de explosão.
Um bom indicador de que está certo ou errado na queima de combustível é a vela de ignição.
Então, não recomendo que coloque a olho. Use o analisador de gases, o scanner ou pelo menos deixe na média, rode por alguns dias e confirme o estado das velas.