Diego nos dois casos SEMPRE haverá problemas ao subir o volume demasiado, explico porque:
Sistema de Falante mais potente que amplificador (modo convencional):
Num sistema convencional onde, o amplificador tem potência igual OU menor que o alto falante, você irá garantir que, o amplificador NUNCA irá queimar seu alto-falante, porque, o alto-falante sendo de maior potência, aguenta pelo menos o DOBRO de pico, e mesmo o amplificador em máxima potência dando os picos da distorção não serão suficientes para queimar o falante...
E mesmo que os picos do amplificador sejam suficientes para queimar o falante, acredito que ninguém, goste de ouvir a distorção do amplificador clipando todas as frequências, pelo menos eu odeio ouvir os transistores distorcendo tudo... :smt021
Ou seja, usar o amplificador nessas condições já é por natureza um erro, pois a qualidade sonora já foi embora a muito tempo...
Sistema de amplificador 2 vezes mais potente que o falante (modo profissional):
Num sistema desses, eles usam da CARACTERÍSTICA de um alto falante em AGUENTAR PICOS de potência, veja bem PICOS, ou seja não é para usar 2x mais potência na bobina o tempo TODO, e SIM PICOS...
Para isso há de se conhecer MUITO de dimensionamento sonoro, de eficiência de alto falante, de caixas volumétricas, dissipação de calor da bobina do falante que pretende usar, entre outros.
Porque isso?
Porque simplesmente temos que estudar e muito somente UM determinado tipo de falante, para somente UM determinado tipo de caixa, para usar com somente UM determinado tipo de resposta de um estágio de amplificação...
Se você simplesmente ligar 2 vezes mais potência num alto falante, por exemplo, amplificador de 500W de saída num falante de 250W, beleza, o falante suporta até 4 vezes o valor de sua própria potência em PICOS, porém até quantas vezes da potência dele eu posso subir sem ter problemas?
Quando se começa a injetar potência acima da nominal do falante, a bobina do mesmo começa a esquentar, e esquenta a ponto de fundir-se e danificar o falante permanentemente.
Pois um simples pico de grave num falante sub-dimensionado pode matar ele, se você colocar a bobina de um falante em curto, você queima a saída do amplificador.... só isso... perde falante e amplificador na mesma hora...
Ah!! Mas é só não subir o volume...
R: Sim, claro, mas até que ponto... você sabe? Há muito que ser estudado para chegar nesse ponto, e ainda é um assunto, que praticamente é impossível dominar, por que é uma questão de dinâmica, mesmo tendo a teoria na ponta da língua haverá situações que nos coloca contra a própria teoria.
Por isso que esse tipo de alimentação de som, tem que ser muito bem planejado e estudado, porque não existe receita de bolo pra isso...
Se fosse assim não teriam sub-woofers de 1000RMS, de 2000RMS e por aí vai... bastaria ligar um de 500W numa saída de 2000W e pronto...
Diego, o fato de amplificador esquentar não quer dizer nem um pouco que ele está se esforçando muito, se você estudar um pouquinho, ou seja o Básico de eletrônica, mais especificamente, transistores, irá ver que parte da potência gerada é desprendida em forma de calor, quando o transistor amplifica um sinal, ele gasta energia, e essa energia é desprendida em calor...
E até digo pra você que, tem componentes que o maior rendimento dele é quente mesmo, principalmente em amplificação...
Agora esquentar demais, isso sim não pode...
Resumo da ópera, se usar no método convencional, você saberá que o limite de volume é pela própria audição, o som começará a sair rachado, basta só reduzir o volume, porque ninguém gosta de ouvir música com qualidade sonora ruim.
Se o volume não te satisfaz no seu atual setup, compre um amplificador mais potente, e um falante mais forte.
Se usar no sistema de amp mais forte que falante, só saberá quando está queimando o falante, quando ele começar a rachar o som, porém neste momento a bobina já está indo pro pau, não dá nem tempo de tentar salvar o falante...
Já vi ligação assim, eu conhecia o Rafael da Protech que desenvolveu os falantes Protech, o cara manja muito, mas já queimou MUITAS bobinas fazendo esse tipo de ligação... E eu vi ele queimando uma bobina de um falante de 15" desse jeito, ele estava testando um protótipo, simplesmente o som some...
E se fechar curto-circuito na bobina, adeus saída do amplificador...
Você não teve problemas Diego, porque você disse que tinha um amplificador de 3000W em 2ohms, e usava um falante de 4ohms de 1100rms, só de ligar o módulo em 4ohms derruba a potência para no mínimo 1500rms, ou seja, você tinha um amplificador rodando 1500RMS para um falante de 1100RMS... se for ver estava usando somente de 35 a 40% de potência a mais no falante, ou seja, está bem tranquilo...
Eu não faria porque nunca me aprofundei tanto em técnica de som automotivo e porque minhas pretensões com som no carro são basicamente instrumentais e não eletrônicas...
Uma boa fonte de informação:
http://www.gizmag.com/how-to-choose-the ... iver/9737/
Admito que fui muito agressivo e até ignorante ao dizer que nunca se deve ligar falantes mais fracos em amplificadores mais fortes, porém é a regra mais básica que que quase nunca dá errado, a não ser que a pessoa seja sem noção...
E volto a repetir, quem manda potencia é o amplificador o alto falante é um elemento passivo que é composto eletronicamente somente de uma bobina, só isso... A potencia nominal do alto falante é somente a potencia que o mesmo aguenta continuamente, ou seja se seu amplificador aguenta alimentar continuamente 200W num falante de 200W nunca terá problema...
Foi o caso desse amplificador da SounDigital que eu ouvi muito bem dele no vídeo do cara gringo lá que disse que ele segura tranquilamente a potência nominal dele, com um falante igualado.
Lembrando que se forem usar potências moderadas pra alta, já devem considerar um BOM mega capacitor pra segurar a energia e não ficar com o farol dando piscadas por conta do amp puxando energia pro SUB...