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Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 18:59
por S h E e Q u O
Lourenço, esse fato que narrei foi mesmo marcante. Eu tinha cerca de 6 anos. Não sei se era uma fase a partir da qual passamos a guardar grandes recordações, mas o que me marcou é que parecia que aquele carro era diferente de tudo. Meu pai teve mais carros depois, ainda com o Monza, mas eu sempre tinha um interesse maior por esse carro, apesar dele ir ficando mais velho que os outros. Parece que meu pai tbem, tanto é que foi o carro que ficou mais tempo na família. Veio uma Parati em 85, que foi embora em 87 e lá estava o Monzão kkk...
Esta sua experiência também é fascinante e deve ter marcado muito você também. E é uma lembrança muito agradável e nostálgica, né.
Rodrigo, eu até pensei, cara. Mas, o carro está muito, muito judiado. Tapeçaria eu não conseguiria salvar mais nada e na parte de lataria, creio que não conseguiria deixá-lo alinhado novamente. Contudo, como nada nesse mundo é impossível, ainda mais depois que vc encontrou o seu ex-Monza em Guarapuava na área rural e o readquiriu, quem sabe não volto a encontrá-lo em breve e venho a decidir pela compra!?! :P
Evandro, esta foto vira filme na minha cabeça. :smt005
Vou tentar fotografar esse carro de novo e mostro pra vcs como ele está hoje. Aí trocamos uma ideia mais incisiva.
Abraço a tds!!! :smt023
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 19:26
por Robson Lott
Só complementando um pensamento, que não vivi na década de 80, mas o FINAL dessa característica, em meados dos anos 90:
- Parece que tudo era novidade! Primeiros sistemas computacionais, carros com tecnologia de design e conceito completamente diferentes, tudo era acessível no ponto de vista de CONQUISTADO, estou certo? Curto muito acompanhar essas histórias, e fico aqui de camarote lendo/ouvindo/assistindo!
No meu caso, o mesmo ocorreu com os Monzas q meu pai teve, logica e principalmente o último, um Classic SE 92, isso em 1995. Hoje ele mesmo me critica por ter um carro "assim", diante da vasta opção atual, mas a marca que o carro deixou nessa época fez meu velho adquirir 5 exemplares, desde 85 a 99! Tanto que ao guiar o meu, ele se sente meio "alegre", inexplicável!
Eu via, dentre alguns exemplares carburados, a novidade e popularização da injeção eletrônica. E vi que, depois de 6 anos no mercado, somente em 1995 q meu pai veio a ter o primeiro carro IE - o Monza! Esse tal Classic 92, Preto (Formal talvez) EFI com um toca-fitas Jekkor com display girável, interior com "cheiro de Monza", e o conforto que só um Monza poderia oferecer!!! Eu com meus 9+ anos de idade, as vezes em idas à restaurantes fora da cidade, a melhor parte era ficar dentro do Monza ouvindo rádio enquanto meus pais e amigos papeavam...
Abraços,
Robson Lott
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 20:33
por S h E e Q u O
Sim Lott, mas parecia que as novidades vinham para agradar e não para vender. Anos 90 tinha máquina de escrever eletrônica com corretivo, o que era uma beleza. Telefones sem fio menores, com antenas toco ou sem antenas. A era da injeção eletrônica entrou de vez na GM em todos os carros, mas as demais marcas ainda ofereciam como opcional ou então o carburador eletrônico, até cerca de 1994/95. Caiam os frisos cromados e entravam os parachoques cinza, para depois serem substituídos pela pintura igual da lataria. Ar condicionado ainda era para uma minoria, mas DH estava tomando cada vez mais espaço, quando equipavam os "completos menos ar". Abertura do porta mala desde o parachoque traseiro, sendo que a tampa da mala tornou quase todos os sedans parecidos com o Tempra, uma caixa alta nas costas para carregar bagagens, cuja mola interna da tampa era o maior suplício. Formato em cunha do capô improvisavam novidades anos 90 em carros anos 80. Tecnologias como computador de bordo e tacômetros que esperávamos ver em todos os carros dali em diante, mas que foram substituídos pelo vinil e pela simplicidade (enganação) dos delicados e rústicos modelos com motor 1.0. Era Chevette, Uno, Gol e Escort ainda mais leves e frágeis, com pneus de Caloi 10, para compensar a perda de um motor dito econômico, mas que, se passasse dos 80 km/h, bebia tanto quanto um 2.0 carregado. Músicas tecno e depois as eurodance e os axés da vida. Aí veio a época em que as mulheres passaram a dançar, quase nuas, agachadas em cima do gargalo de uma garrafa de cerveja, na frente de todo mundo. Na verdade, estavam vestidas com roupas de academia, que parecia um adesivo aplicado com soprador. A marca Pioneer cada vez mais conhecida virava febre, uma das poucas coisas caras que valiam o preço. Acredito que em meados desta década que a qualidade dos carros nacionais começaram a sucumbir, foi quando entraram os profissionais de marketing dizendo que o carro vinha com calotas integrais, faróis bifaróis (estranho, não?), retrovisor direito menor (?), para-sol direito eliminado (isso mesmo, eli.. e não ilu...), tampa do tanque sem fechadura, estepe mais fino para proporcionar mais espaço para bagagens, mas o suporte do estepe, feito de isopor, era maior do que um pneu 225 80 R18, como se isso fosse uma grande vantagem. Também criaram a categoria que, até hoje, ninguém sabe qual é e o que é. Lembra, o mais leve da categoria? o mais alto da categoria? o mais cinza da categoria? Qual categoria? Palio Weekend era perua e pronto, sem esta frescura de SUV. Caravan era carro velho beberão, segundo a mesma revista que hoje paga pau dizendo que era um Clássico Nacional. F-1000 virou Ranger e D-20 virou S-10. Passear de D-20 era como passear de trator ou de colheitadeira, ou seja, um mico. Molecada gostava, mesmo, de carros que corriam, mexer, turbinar etc. Celular em 1994 era o preço de uma moto zero km. Em 1999, saíram alguns modelos mais baratos, mas ainda custavam cerca de 1 salário mínimo, mas sem vibracall. O lance era 2x1. R$2,00 o minuto, de dia. De noite era R$0,10. Foi uma época boa sim, fiz faculdade, amigos e hoje tenho boas recordações. O carnaval era gostoso, animado e movimentado, mas, ainda com respeito.Tem coisa que eu gostaria muito de falar, mas, hoje em dia, é assédio, é desacato, é flagrante, é preconceito, é B.O. é dano moral etc etc etc. Foi uma era diferente dos anos 80, mas muito boa e não menos importante. Acredito que era muito mais agradável do que hoje, pq a gente tinha mais amigos, os amigos eram de verdade e de confiança, respeitavam-se as mulheres, temiam-se os pais e professores, ninguém ficava arrumando pretexto, como hoje, para ser empurrado pela sociedade, cada um dava seu pulo, todo mundo queria ser melhor e fazer o melhor. Os anos 80 para mim foram os mais nostálgicos. Os anos 90 os mais emocionantes.
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 22:02
por DÉCO
.
Entao Chico, fica dificil acrescentar algo neste texto , tenho 46 , vivi muito os anos 80 e 90 e sei muito bem o sentimento que envolve esta é poca (melhor época da vida que nao volta mais) , os bailes, as festas na garagem , dançar musica " lenta " sem maldade, c muito um beijo roubado, muitas boas recordaçoes, muito a falar sobre esta época inesquecivel . . . , uma hora vou fazer um comentario como o seu . . .
Minha grande lembrança do nosso amado Monza, foi em meados de 1983 quando minha vizinha de andar comprou um Monza sedã , vermelho, quatro portas,(lançamento) era um carro de tirar o folego, e para poucos, o maior sucesso da garagem, eu tinha 12 anos e babava nele todos comentavam sobre ele . . .
A conversa vai longe e traz otimas lembranças . . .
abraço
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 22:19
por S h E e Q u O
Me lembro dessa história do Monza vermelho!
Festas de garagem. Eh Déco!!! Na minha adolescência, gravávamos flashes das músicas mais tocadas. Ficava ouvindo rádio sempre que podia, com a fita K-7 lá no jeito para gravar um pedaço da música. Depois de encher a fita com esses flashes, ia numa loja de discos e mandava gravar as músicas inteiras numa fita nova Chromo, aquela preta, lembra? Era o que chamávamos de seleção. Gravar a seleção não ficava caro, mas tínhamos que economizar, pq a fita Chromo sim que era salgadinha, né. Aí, gravávamos uma de música lenta para tocar nas vitrolas das festas de garagem. Não faltavam a fita com as músicas mais tocadas do ano e nem o cabo de vassoura kkkk...
Vc lembrou bem: sempre com muito respeito mesmo. Para a nossa alegria, não existia whatsapp, Facebook e nem celular, por isso, não se pulava, na época, a melhor fase do relacionamento, a da conquista.
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 22:51
por GMR
Como o Deco, tenho 44 e vivi bem esses anos 80.... 90..... brincadeira era esconde-esconde, bete ombro, andar de bicicleta pelo bairro...... No que iniciou a MTV, ficava gravando os clips, principalmente do Lado B que eram clips desconhecidos mas muito bons.....tempo bom....... Quanto ao monza, meu tio tirou um no lançamento, só que vinho, por isso queria a todo custo mandar pintar o carro de vermelho igual ao da propaganda...... Lembrei de mais uma do meu Monza, foi o carro com o qual eu fiz o teste para tirar a carteira de motorista..... nada de auto escola.... o instrutor do Detran nem viu o teste porque ficou brincando com o vidro eletrico, algo raro naquela epoca.....
Fico olhando pra minha filha hoje e pensando, quando ela estiver com essa idade, quais serão as lembranças dela.....???????
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 19 Nov 2015, 23:11
por jesuino b ferreira
estes dias estava mais uns sobrinhos meus e inventei de brincar de bete.
ainda bem que estava de ferias,pois fiquei 02 dias com a coluna,o braço e a batata da perna doendo :smt005 :smt005
foi bom demais vendo os moleques nao entenderem nada do jogo e levando bolada na cara.
ate que depois de 1/2 hora estavam me colocando para correr.
mas,eles quando me veem falam assim.
vamos brimcar de bete tio?
eu digo,nada disso menino.ainda estou me recuperando da taca kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
desculpa o off-topic ai amigo :smt023
Re: Foto de Época - Monza Hatch 83
Enviado: 20 Nov 2015, 07:33
por WALDSR
Vc's citaram Bicicletas, Fita K7, Carro de Rolimã, Gravar Músicas e Videos e até Jogo de Rua... , que beleza :smt045 . Fica evidente que qdo contam estes fatos, além da saudade vem um sorriso de coisa boa

.
Vou tentar resumir algumas passagens tb.
Bicicleta, tive uma Caloi dobrável vermelha, que chegou a ter guidão alto no estilo Easy Rider, (inspirado no filme "Sem Destino" com Peter Fonda), mas doia os pulsos e adormecia os braços.
Depois realizei um sonho com uma Caloi 10 prata, com cambio Shimano japonês.
Mas nada comparado a que meu pai tinha, um Le Jeneue francesa dos anos 50, toda em alumino, guidão de corrida (chifre de carneiro), cambio de 10 marchas e muito, muito leve. Um modelo parecido ganhou a Tour de France em 68. Esta ele comprou qdo trabalhava IRFM (Industrias Reunidas Francisco Matarazzo, que na época era um império e hj se resume ao sabonete Francis). Pilotar uma dessa era bem no estilo francês: boina, camiseta, calça com suspensório, óculos de soldador e alças presilhas para prender as barras da calça e não deixar enroscar na coroa/corrente.
Carro de rolimã, preferia o de 3 rodas, mais fácil de manobrar para cavalo de pau, a madeira boa era a de andaime de construção ou o tampo de carteira escolar (peróba vermelhão). Esse efeito na fórmula 1 de hj, de soltar faiscas qdo o assoalho raspa a pista, já tinhamos na época, começamos pregando chapas de lata de óleo de cozinha na parte inferior do eixo traseiro, de dia o efeito era pouco visivel, a noite melhorava, mas gastava rápido. Foi aprimorado com uso de pedaço de barra de ferro pregado em angulo negativo, e a ponta livre era liberada para arrasto por um sistema de alavanca e arame. Pois os projetistas/pilotos, após vários cálculos e testes, viram que a configuração barra sempre solta, segurava muito e demorava para pegar velocidade.
E além dos carros de rolimã, quem tb não se ralou jogando bola ?, no paralelepipedo, e no ataque fazendo tabela com o muro, (craque, era o que fazia tabela com o poste). Na época era com bola de couro (capotão), lubrificada com gordura de porco para não ressecar e diminuir o desgaste. Uma bolada nas costas ou uma de raspão no braço ardia pacas, pq fritava mesmo.
Na era do toca fita, havia um problema qto a seleção de músicas, as já gravadas além de caras, não atendiam ao gosto geral. Gravar no aparelho National ou Sharp em formato mono, de microfone (pq não existia cabos RCA), do rádio ou vitrola, era de qualidade razoável para ruim, A opção era as piratas da época, feitas nos fundos das lojas de discos, aonde se comprava prontas ou deixava a lista, e pegava dias depois.
As melhores marcas de fitas eram a TDK, Maxell e Basf. Gostava da Scotch que era feita de acrilico transparente. Mas em todas, era só pegar sol que ressecavam, sujavam o cabeçote e o toca fitas engolia. Era uma diversão tirar o rádio, abrir e desenroscar todo o emaranhado e depois polir o cabeçote com Kaol. (Viva o Compact Disk, Pendrive, Memory Card e o MP3).
O video k7 foi uma revolução qto a liberdade de se assistir o que e na hora quiser. O objeto de desejo era o Panasonic G9, fui 2 vezes a Manaus atrás dele para atender encomendas.
Em meados dos anos 70, a febre era roda aro 13, volante F1, toca fita TKR, etc.. , mas o quente era rebaixar, quem podia cortava as molas, os boy's de padaria colocavam sacos de cimento no assoalho do carona e no porta malas.
As gostosa se ganhava na lábia de vendedor de carnê do Baú, do Silvio.
Os cara de mauricinho metido a carica, se provocava tirando umas até, como de praxe, ir para os finalmente. Nada de treisoitão, setemeiota ou novemimi de hj, era sair no braço mesmo.
Éramos felizes...