O Manual do Proprietário diz que devemos colocar um lubrificante que tenha a norma ou classificação mínima API SF OU SG.
e vemos nos rótulos das marcas ainda a classificação ACEA A2, A3, B3, B4- Isso até parece fórmula de matemática, mas não é nada disso. Trata-se de duas normas diferentes. API (American Petroleum Institute) e Acea (Associação dos Construtores Europeus de Automóveis). No exemplo que dei acima sobre API SF ou SG, seria a última classificação aprovada pelas montadoras no seculo XX.
Atualmente já existe a norma API SN, mas ainda não temos veículos rodando no Brasil que exija aprovação SN no seu manual. A American Petroleum Institute, é a principal associação comercial para a indústria de petróleo e gás natural, representando cerca de 400 empresas envolvidas na produção, refino e distribuição. Uma das suas responsabilidades é a investigação toxicológica para com o meio ambiente.
A API surgiu em 1945 impondo ao mercado automobilístico sua primeira classificação. Para os carros movido a gasolina o lubrificando indicado para o motor deveria ser SA e para os carros movidos a diesel deveria-se usar uma classificação CA. A primeira letra indica o tipo de motor e a segunda letra indica o tipo de performance. Inicialmente mostraremos a performance das classificações dos motores a gasolina, álcool e gás natural.
O mais recente API designação padrão de atendimento é SN para automóveis a gasolina e motores de caminhões leves. O padrão SN refere-se a um grupo de testes de laboratório e do motor, incluindo a mais recente série para o controle da alta temperatura depósitos. Categorias de serviço atual API incluem SN, SM, SL e SJ para motores a gasolina. Todas as designações de serviço anterior são obsoletos, embora os óleos de moto geralmente ainda usam o SF / SG standard.
Veja abaixo a evolução das classificações:
1945 – AS
1980 – SF
1988 – SG
1993 – SH
1995 – SJ
2001 – SL
Entenda: Se você tem um Chevrolet Opala 1980 poderá colocar um lubrificante no seu motor com classificação API SF, mas também poderá colocar um lubrificante com classificação API SL, porque esta última supera a primeira. Mas se você tiver um Volkswagen Gol Geração 4 ano 2006, não poderá colocar um lubrificante com norma API SF, pois ela é muito inferior a classificação indicada pelo Manual do Proprietário que pede API SL.
Observe os quadros a seguir. Imagine que temos inúmeros problemas em um motor. Os quais aparecem em cada ponta dessa teia. Oxidação, depósito no motor, ferrugem, corrosão, desgaste, depósito no pistão e cisalhamento (quando o filme do lubrificante se rompe e provoca o contato das partes de metal).
![Imagem](http://img199.imageshack.us/img199/2319/api1m.jpg)
Vemos a seguir a performance de um lubrificante cuja a classificação é SE, proibida ainda este ano (2007) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), antigos lubrificantes com viscosidades SAE 40, 50, 30, com pouco pacote de aditivação.
![Imagem](http://img24.imageshack.us/img24/8541/api2q.jpg)
A seguir veremos um lubrificante que terá melhor performance que este acima. Os lubrificantes com API SF, geralmente tem viscosidade SAE 20W50. São classificados como Multiviscosos, ou Multigrau. Isto favorece a partida a frio, onde existe a maior parte do desgaste do motor.
![Imagem](http://img855.imageshack.us/img855/9455/api3.jpg)
Observe que as classificações estão evoluindo e assim protegendo mais o motor dos problemas apresentados.
Em 1988 surgiu a classificação SG e em 1993 surgiu a SH. Poucas utilizadas no Brasil.
![Imagem](http://img268.imageshack.us/img268/959/api4.jpg)
Em 1995 com a evolução dos motores injetados, alcançando temperaturas bem mais altas que os veículos carburados surgiu a classificação API SJ, usada ainda por algumas montadoras em seus manuais
![Imagem](http://img197.imageshack.us/img197/5687/api5.jpg)
No ano de 2001 surgiu uma nova classificação exigida hoje pela maioria das montadoras em seus manuais. Os novos carros devem usar a classificação mínima API SL a fim de proteger o motor de altas temperaturas fazendo que o óleo não queime, evitando assim o surgimento da borra que provoca entupimentos nas galerias. Veja o quadro abaixo a comparação de um lubrificante API SJ e SL.
![Imagem](http://img534.imageshack.us/img534/2623/api6.jpg)
Com a evolução dos novos motores foi preciso também que o lubrificante evoluisse. Além da Norma API SL, ainda existe a viscosidade que devemos nos preocupar. Esta ainda é um pouco mais complexa. Para entender sobre viscosidade clique aqui.
Fique atento na hora da troca de óleo. Não esqueça de trocar os filtros de óleo e de ar. A manutenção correta ainda é o melhor remédio para manter seu veículo em boas condições de uso. Até a próxima.
Fonte dos gráficos: Lubrizol
API: Wikipedia
http://saviomachado.blogspot.com/2008/0 ... s-api.html
Classificação ACEA
Motores a Gasolina
A1: Categoria de óleos de motor que permitem economia de combustível (“Fuel Economy”). De extrema baixa viscosidade (“High-Temperature-High Shear”) (HTHSS, <3,5 mPas). Classes de viscosidade preferenciais são XW30 e XW20.
A2: Categoria de óleos de motor convencionais e óleos de motor de fácil circulação.
A3: Categoria de óleos de motor convencionais e óleos de motor de fácil circulação com utilização mais severa do que A2. Supera ACEA A2 no respeitante ao Noack (perdas por evaporação), limpeza dos pistões e estabilidade à oxidação.
A5: Categoria de óleos de motor convencionais e óleos de motor de fácil circulação. Corresponde ao ACEA A3, com inferior viscosidade HTHS. Num motor de teste tem de ser comprovada uma economia de combustível > a 2,5%, em comparação com um óleo 15W40 de referência.