O pneu traseiro direito do meu Monza começou a baixar pressão (toda vez que eu calibrava os 4, este estava com a pressão mais baixa).
Dei uma olhada no dito cujo e vi um rebite cravado na banda de rodagem.
Eu sempre fiz eu mesmo o reparo dos pneus de meus carros, usando uns kits de reparo que adquiri no exterior, ainda no tempo em que eu viajava a serviço com freqüência. Aqui no Brasil nunca vi um kit desses à venda, no exterior se vê em qualquer loja de auto-peças.
Qdo fui fazer o tal reparo, vi que meu kit já era...as borrachinhas estavam ressecadas e o tubinho de cola endurecido. Também, deixei de viajar em 1984
.Saí em campo à procura de um borracheiro decente que reparasse meu pneu. Conversando com um funcionário de uma loja de pneus aqui perto, onde já comprei vários jogos de pneus, ele me alertou de que esse tipo de reparo (que é chamado de "macarrãozinho", não é homologado pelos fabricantes de pneus radiais, e qdo um pneu na garantia apresenta um reparo desse tipo, automaticamente perde a garantia).
De posse dessa informação, passei a procurar um borracheiro tradicional, desses que desmontam a roda, colocam um remendo (patch) a frio e montam novamente. O ruim disso é que se necessita um borracheiro com aquela máquina de tirar pneus de aros de liga leve e máquina de balancear rodas.
Bom, aqui pertinho de casa tem um posto de gasolina que repara pneus dessa forma (eu nem sabia que reparavam pneus, pois é mais um centro automotivo, com mecânica, gás, ar condicionado...).
Qdo o funcionário tirou a roda do carro, foi logo me dizendo que o pneu estava com problemas, pois, segundo ele, apresentava uma deformação na banda de rodagem.
Olhei, olhei, não notei nada de diferente e mandei fazer o reparo.
Ele, antes de desmontar o conjunto, mostrou o pneu ao Chefe da oficina, e o corôa confirmou o problema no pneu, e ainda me colocou medo, dizendo que poderia estourar a qualquer momento. Eu continuava sem conseguir ver nada de errado.
Mas, antes que eu pensasse mal do cara, ele olhou a marca do pneu (Pirelli P-400) e me disse que esse pneu tinha garantia de 5 anos. Me perguntou há qto tempo eu tinha comprado. Eu não soube dizer, pois comprei o carro em 2005, já com os pneus instalados.
Ele então olhou no pneu a data de fabricação (inicio de março de 2002) e me falou que se eu procurasse uma loja da Pirelli, eles me dariam um pneu novo, mediante o pagamento de uma taxa de desgaste, digamos assim.
Desisti do reparo (o pneu nessa hora já estava fora do aro, pedi para montar sem remedar) e no dia seguinte parti para uma loja (Rio Paiva), representante da Pirelli.
Lá foi constatado o defeito, medido o sulco da banda de rodagem, que apresentou um desgaste de quase 50%, e o pneu foi substituido.
Paguei um pouco menos da metade do preço de um pneu novo, ganhei mais 5 anos de garantia, e saí de lá mais tranquilo.
Agora vêm os antecedentes disso tudo:
Qdo comprei esse Monza, notei que o volante vibrava um tiquinho qdo eu acelerava. Nada muito acentuado. Então o esperto aqui, para não ter o trabalho de levar o carro para balancear as rodas, resolveu passar as rodas dianteiras para a posição traseira.
A vibração cessou....e eu rodei 1 ano e meio com um pneu com defeito na cinta de aço da banda de rodagem
Então, se conselho fosse bom, eu diria a todos aqui no fórum que não bobeiem com vibrações e outros sintomas que não parecem coisa séria, mas que por outro lado não são coisa normal num carro como o Monza.
No meu caso, se não fosse o bendito rebite que furou meu pneu, eu continuaria rodando até que o danado estourasse. E quem já teve um pneu traseiro estourado em alta velocidade (e ficou vivo para contar a história) pode dizer a sensação que dá. Eu nunca tive esse problema, mas já vi um fusca na minha frente estourar um pneu traseiro. O que acontece a partir disso só Deus pode prever. O carro começa a dançar, e nada que o motorista faça faz ele parar.
Abraços
