Trata-se de uma história interessante que achei pela net e resolvi trazer pro Piratas, uma exumação de um Plymouth Belvedere Sport Coupé 1957, motor V8 de 4,9 litros e 215 cavalos, transmissão automática, "0 Km", dourado com detalhes em branco. A cor dourada está ligada ao jubileu de ouro da cidade de Tulsa.
O carro foi embalado numa capa de estireno e enterrado em 15 de junho de 1957 sob a calçada à frente do Tulsa County Courthouse (aproximadamente 30 metros ao norte do cruzamento da Denver Ave. com a Rua 6). A "cápsula do tempo" era parte da Semana do Jubileu de Ouro: a comemoração em Tulsa do 50º aniversário de Oklahoma como o 46º Estado Americano.
Segundo Lewis Roberts Jr. (organizador do evento) o modelo foi escolhido por ser o que havia de mais avançado e que ainda estaria atual mesmo após 50 anos. Criado por Virgil Exner, o Plymouth Belvedere incorporava o "forward look" ("estilo à frente”). Com suas barbatanas pronunciadas, o Belvedere representava muito bem o novo estilo adotado em 1957 pela Chrysler, com perfil mais baixo e alongado em comparação aos demais carrões norte-americanos.
A "exumação" deu início à comemoração do centenário da cidade, e contou com a ilustre presença de Max True (98 anos), empregado da empresa que construiu a cápsula de cimento, em 1957.
Até aí ia tudo bem mas o que se viu foi decepcionante, a caixa de concreto não resistiu ao tempo e o veículo foi danificado por água e lama.
No porta-malas foram encontrados 10 galões (37,3 litros) de gasolina (achavam que em 2007 não mais existiria o combustível), 4,7 litros de óleo, um mapa aéreo da infra-estrutura aeroportuária da extinta companhia Douglas Aircraft Co., indicações do comércio da cidade, das instalações e história do aeroporto local, história dos prefeitos dos primeiros 50 anos, uma grade de cerveja Schlitz, cartas de cidadãos locais e um microfilme contendo os nomes das pessoas que participaram do concurso para saber quantos habitantes teria a cidade de Tulsa em 2007.
O conteúdo de uma bolsa feminina (rolinhos de cabelo, tranqüilizantes, cigarros e um bilhete de estacionamento não pago) foi colocado no porta-luva momentos antes do enterro.
O prêmio para o vencedor – além do Plymouth – era uma caderneta de poupança no valor de US$ 100 que, corrigidos, equivalem hoje a US$ 1,2 mil. A poupança atualizou o valor dos cem dólares, pena que não paga a reforma do Plymouth...
O vendecor do concurso se chama Raymond Humbertson. – Marine e veterano da Guerra da Coréia, e terminou os seus dias como administrador do Northern Virginia Community College. Ele foi a pessoa que mais perto chegou do número atual de habitantes da cidade de Tulsa (apostou que a cidade teria 384.743 habitantes em 2007, mas o número exato é de 382.457). Infelizmente o Sr. Humberston faleceu (vítima de câncer, em 1979), assim como sua esposa, em 1988. Como não tiveram filhos, o Plymouth passa a pertencer a duas irmãs do vencedor do concurso (que vivem em Maryland) e aos seus respectivos filhos.
Estima-se que o carro, se resgatado em estado impecável, valeria 50 mil dólares. Diante dos danos causados, seu valor é meramente histórico.
Imagens do enterro dia 15/06/1957:









Imagens da "exumação" dia 15/06/2007:








Outras imagens:




























Plymouth Belvedere 1957
http://br.youtube.com/watch?v=pHZRr8Kj7XY
Lá o YouTube tem outros vídeos do carro pra quem quiser ver.
