O que ele representa é o valor do ajuste do ponto (antigo avanço a vácuo e centrífugo dos carburados), e representa o quanto a ECU corrige o ponto padrão para as exigências do motor.
A análise deve ser feita pelos logs padrões 1 e 2:
Log Padrão 1:
-Primeiro ligue o scanner, com a ignição ligada (luzes) e motor desligado (motor frio pela manhã), comece a logar
-Pise vagarozamente no pedal do acelerador até o fim do curso, depois solte-o bem lentamente até a posição de repouso.
-Ligue o motor do carro e deixe a temperatura ir até a metade, até ligar a ventoinha, desligue o carro e o scanner e salve este log, deixe sempre na lenta.
Log Padrão 2 (logo após o primeiro com o motor quente):
-Primeiro ligue o scanner, com a ignição ligada (luzes) e motor desligado, comece a logar e depois ligue o motor do carro
-Deixe 30 segundos na lenta.
-Suba a rotação para 2000 RPM e deixe 30 segundos assim, se não tiver conta-giros acelere um pouco.
-Suba a rotação para 3000 RPM e deixe 30 segundos assim, se não tiver conta-giros acelere um pouco mais.
-Agora dê umas boas aceleradas no motor para perto de 6000 RPM, do tipo acelere fundo e tire o pé, bem rápido, pelo menos umas 5 vezes.
-Deixe voltar por 30 segundos na lenta.
-Quando terminar a captura pressione os Stop Talking ou F3.
-Salve o log no formato ECU.
-Exporte o log no formato Excel que todos os parâmetros serão exportados
Este teste só é possível via scanner, faz um diagnóstico do estado geral do motor. No LOG 2 nas fases de lenta e 2000 e 3000 RPM deve oscilar no máximo 1 ponto, quanto menos oscilar melhor está a diferença de compressão entre cilindros e o estado das velas e cabos de velas. Oscilações acima de 1 ponto ou ainda maiores indicam problemas em velas ou cabos de velas (faísca ineficiente em 1 ou mais cilindros), ou problemas de diferença de compressão entre os cilindros (válvulas presas, com excesso de carbonização, comando gasto, anéis quebrados, cilindros ovalizados, pistão furado, cabeçote rachado, junta queimada). Normalmente a oscilação é maior em lenta do que em alta RPM, em problemas menos graves quase não oscila em alta, só em lenta, mas isso não significa que não deva ser corrigido, o ideal é estar oscilando menos de 1 ponto de pico a pico em lenta, do contrário há problemas.
Exemplos básicos
Gráfico padrão normal LOG2

Gráfico padrão de problemas LOG2:

Vejam a diferença entre os logs BOM e RUIM acima, vejam como fica uma serra o gráfico em lenta, neste caso tinha problemas, mas era só cabos de velas ruins, mas poderia ser qualquer das coisas ditas acima.
O que isso quer dizer? É que a ECU recebe os dados do vácuo do motor e percebe que o vácuo gerado é menor do que o esperado, significando que um cilindro está mais fraco e sua velocidade não é a mesma dos demais, isso em apenas uma fração de segundo, mas então a ECU reage e adianta ou atrasa o ponto para compensar, além de injetar mais combustível, pois entende erroneamente que o motor está sendo mais exigido. Então se o pistão, por exemplo o número 3, tem uma ignição fraca por ter algum problema de compressão ou faísca ineficiente gerando pouca potência em sua descida, tendo menos força para empurrar o pistão para baixo. Além disso o pistão que está na fase de admissão não consegue produzir vácuo suficiente, não conseguindo sugar eficientemente ar e combustível, gerando problemas também em um outro cilindro que está bom. Mas então vem um cilindro normal e a ECU volta a corrigir porque a exigência do motor voltou ao normal, e o resultado é a ECU tentando corrigir o ponto para cima e para baixo devido a diferentes exigências do motor, irreais sim, mas como a ECU foi projetada para um motor novo, para ela o defeito é entendido como exigências alternantes e fica reajustando o ponto ininterruptamente, tentando achar o melhor avanço para as exigências do motor, mas o motor fica sempre mudando as exigências e o avanço sempre mudando, e como o motor não produz muita potência em lenta, a alteração da potência de 1 cilindro é mais sentida, por isso a maior variação do avanço acontece na lenta.
É isso que vemos no gráfico, quanto todos os cilindros estão iguais este gráfico é estável, e em alta RPM a compressão tende a se estabilizar devido a menor perda de compressão pelo fato que como o tempo de subida do pistão é menor, pois está mais rápido, menos tempo para perder esta compressão, então o gráfico estável em alta RPM.
Este problema só é perceptível se pelo menos 1 cilindro estiver bom, se todos estiverem ruins, se o problema for generalizado em todos os cilindros, não haverá alterações e o gráfico do avanço deverá ficar normal, porém o gráfico do MAP acusará um motor fraco, que não consegue gerar vácuo, como por exemplo o tópico viewtopic.php?f=3&t=24807
Precisamos então de padrões claros e em escala para podermos comparar, com um Powerpoint a análise é facilitada com o Zoom dos gráficos de avanço e lenta, o padrão é localizar 10 segundos críticos do motor na lenta gerando o gráfico e a seguir clicar no eixo dos Y com o botão direito, depois formatar eixo, clicar a aba escala e colocar mínimo 0 e máximo 10, depois comparar o os gráficos fornecidos, ele está disponível em:
http://www.baixa.la/arquivo/8897742
Lembro qua para melhor navegar nos slides do Powerpoint usem as setas do teclado para frente e para trás.
Demais análses em viewtopic.php?f=50&t=22823