SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE
Enviado: 09 Jun 2014, 14:29
Reeditado em virtude das fotos armazenadas no ImageShack não serem mais gratuitas e uma série delas se tornaram indisponíveis para veiculação automática nas matérias que emiti aqui nos Monzeiros como poderão verificar no link que segue, como também os comentários dos associados na ocasião da emissão e que enriqueceram as informações pretendidas.
Vide tópico originário: viewtopic.php?f=15&t=26946
SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE
Especificação de viscosidade
Regulada pela SAE - Society of Automotive Engineers, em português algo como “Sociedade de Engenheiros Automotivos”, consiste num código para facilitar a identificação da viscosidade dos óleos de motor
Viscosidade é uma medida que indica a resistência de um determinado líquido ao escoamento
(é só pensarmos no mel e na água. Quem é mais viscoso? O mel, que “se move” mais lentamente).
Nessa classificação, há basicamente dois grupos:
Os monoviscosos : “30” ou “30w” e
Os multiviscosos: “10w30”.
Os monoviscosos são pouco utilizados em carros hoje em dia, devido à maior capacidade dos multiviscosos de apresentarem menor variação da viscosidade quando se varia a temperatura.
Nesses foram introduzidos “aditivos” poliméricos que alteram as propriedades de viscosidade dependendo da temperatura que o óleo está.
O primeiro número dos multiviscosos indica a viscosidade na partida com o motor frio (temperatura ambiente).
Quanto mais baixo esse número, menor será o esforço do motor na hora de acioná-lo pela primeira vez no dia. Isso é particularmente importante em países onde a temperatura do ambiente fica abaixo de zero com frequência.
O óleo deve ser capaz de se manter fluido em baixas temperaturas (e principalmente não se solidificar), para garantir que o motor consiga girar corretamente na hora da partida.
Na medida em que o motor vai aquecendo, passará a valer a viscosidade indicada pelo segundo número. Esse, por sua vez, indica a viscosidade à temperatura operacional de 100ºC. Quanto maior esse número, maior é a viscosidade quando o óleo está em altas temperaturas.
Assim um óleo 20 W 40, que se comporta como um 20 na partida a frio e como um 40 no funcionamento a quente.
Uma outra forma de entender os óleos multiviscosos é pensar em 20W40 como se fosse um óleo monoviscoso 20 (na partida) que não se afinará mais do que um 40 quando aquecido pelo trabalho do motor.
Aumentar a diferença entre os parâmetros significa mais flexibilidade, o que faz de um óleo 15 W 50 mais adequado em uso em condições extremas de temperatura de uso, que um 20 W 40.
Base do óleo – O terceiro grupo é a base do óleo, que pode ser mineral, sintética ou semi sintética.
Óleo Mineral
O óleo mineral é refinado do petróleo bruto, têm sido utilizados como lubrificante desde o desenvolvimento dos primeiros veículos automotores (~1910). Depois que o óleo é obtido, é realizado várias etapas de purificação no refino para melhorar sua qualidade de lubrificação. Normalmente apresenta muito mais elementos contaminantes que os outros 2 tipos.
Óleos Semi sintéticos
Há alguns lubrificantes disponíveis no mercado que são tão puros e refinados que poderiam ser classificados como sintéticos. Entretanto eles não são óleos sintéticos verdadeiros, eles têm um pouco de óleo de base mineral, (bem pouco, impossibilitando a classificação deles como “óleo mineral”). Esses são os chamados no Brasil de óleos semi sintéticos! Além de terem pouquíssimos contaminantes presentes, estes óleos apresentam características de desempenho elevado.
Óleos sintéticos
Lubrificantes sintéticos têm muito pouco em comum com o seu “primo” derivado do petróleo, ainda que usados para um propósito semelhante.
Mas, enquanto um é projetado especificamente para a finalidade de lubrificação, o outro foi simplesmente transformado em algo que irá fazer o trabalho adequadamente.
Na fabricação de óleos de base sintética, o primeiro passo é o mais importante. Decide-se primeiro qual substância lubrificante vai ser utilizada. Uma vez decidido, uma pesquisa é feita para determinar as características que o lubrificante deve ter para essa aplicação em particular. Só após de uma série de parâmetros terem sido estabelecidos é que a fabricação começa.
A fabricação de óleos de base sintética é muito mais simples do que o refino de petróleo. No caso de materiais sintéticos, hidrocarbonetos de baixo peso molecular são quimicamente reagidos em laboratório para produzir materiais de maior peso molecular, com propriedades de lubrificação muito específicas (determinadas nas pesquisas anteriores).
Não há necessidade de separar a base mineral em frações de diferentes pesos moleculares, porque o praticamente somente peso molecular de interesse é formado na reação. Não há necessidade de extrair contaminantes ou transformá-los em algo útil, pois não há contaminantes nesse tipo de óleo.
Óleos base sintéticos fabricados desta forma terão os todos os benefícios básicos dos óleos minerais – com ótimo desempenho em alta ou baixa temperatura, melhor estabilidade oxidativa e térmica e maior características de diminuição de atrito e maior vida útil.
Mas, como se pode supor, o preço deles estão lá nas alturas. Por regra, são sempre empregados em motores de veículos de alta performance (Ferrari, Porche, …) pois esses sempre estão trabalhando em Temperaturas e RPM muito elevadas. Mas, você pode utilizá-lo em seu carro também, principalmente se o motor for novo.
ATENÇÃO
Para automóveis mais antigos (10 anos ou mais) o sintético não é a melhor relação custo/benefício, já que são motores projetados para trabalhar com lubrificantes de desempenho bem inferior aos vendidos hoje. Logo, o óleo mineral resolve seu caso.
Se quiser garantir uma proteção extra, um SJ ou um SL já está de bom tamanho. Além disto, outra restrição deve ser feita em relação aos motores mais rodados, uma vez que normalmente eles têm maiores folgas entre as partes móveis, como anéis de pistão, por exemplo, provocando maior “vazamento” de óleo para câmara de combustão e consequente fumaceira.
Na troca regular obedeça as informações do Manual do Proprietário para condições de transito severas ou em condições leves em 6 meses ou entre 4 e 5.000 Km e troque o filtro todas as vezes devido a ação dos novos APIs e para não contaminar o óleo novo.
Curiosidades: o óleo congela à -34,4°C e entra em ebulição à 360°C (isso quando não pega fogo antes, quando atingido aproximadamente 135°C)!
Fonte: http://oleoparacarros.com.br/2011/03/qu ... z2SnSv9Aai
waldir
09.06.14
Vide tópico originário: viewtopic.php?f=15&t=26946
SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE
Especificação de viscosidade
Regulada pela SAE - Society of Automotive Engineers, em português algo como “Sociedade de Engenheiros Automotivos”, consiste num código para facilitar a identificação da viscosidade dos óleos de motor
Viscosidade é uma medida que indica a resistência de um determinado líquido ao escoamento
(é só pensarmos no mel e na água. Quem é mais viscoso? O mel, que “se move” mais lentamente).
Nessa classificação, há basicamente dois grupos:
Os monoviscosos : “30” ou “30w” e
Os multiviscosos: “10w30”.
Os monoviscosos são pouco utilizados em carros hoje em dia, devido à maior capacidade dos multiviscosos de apresentarem menor variação da viscosidade quando se varia a temperatura.
Nesses foram introduzidos “aditivos” poliméricos que alteram as propriedades de viscosidade dependendo da temperatura que o óleo está.
O primeiro número dos multiviscosos indica a viscosidade na partida com o motor frio (temperatura ambiente).
Quanto mais baixo esse número, menor será o esforço do motor na hora de acioná-lo pela primeira vez no dia. Isso é particularmente importante em países onde a temperatura do ambiente fica abaixo de zero com frequência.
O óleo deve ser capaz de se manter fluido em baixas temperaturas (e principalmente não se solidificar), para garantir que o motor consiga girar corretamente na hora da partida.
Na medida em que o motor vai aquecendo, passará a valer a viscosidade indicada pelo segundo número. Esse, por sua vez, indica a viscosidade à temperatura operacional de 100ºC. Quanto maior esse número, maior é a viscosidade quando o óleo está em altas temperaturas.
Assim um óleo 20 W 40, que se comporta como um 20 na partida a frio e como um 40 no funcionamento a quente.
Uma outra forma de entender os óleos multiviscosos é pensar em 20W40 como se fosse um óleo monoviscoso 20 (na partida) que não se afinará mais do que um 40 quando aquecido pelo trabalho do motor.
Aumentar a diferença entre os parâmetros significa mais flexibilidade, o que faz de um óleo 15 W 50 mais adequado em uso em condições extremas de temperatura de uso, que um 20 W 40.
Base do óleo – O terceiro grupo é a base do óleo, que pode ser mineral, sintética ou semi sintética.
Óleo Mineral
O óleo mineral é refinado do petróleo bruto, têm sido utilizados como lubrificante desde o desenvolvimento dos primeiros veículos automotores (~1910). Depois que o óleo é obtido, é realizado várias etapas de purificação no refino para melhorar sua qualidade de lubrificação. Normalmente apresenta muito mais elementos contaminantes que os outros 2 tipos.
Óleos Semi sintéticos
Há alguns lubrificantes disponíveis no mercado que são tão puros e refinados que poderiam ser classificados como sintéticos. Entretanto eles não são óleos sintéticos verdadeiros, eles têm um pouco de óleo de base mineral, (bem pouco, impossibilitando a classificação deles como “óleo mineral”). Esses são os chamados no Brasil de óleos semi sintéticos! Além de terem pouquíssimos contaminantes presentes, estes óleos apresentam características de desempenho elevado.
Óleos sintéticos
Lubrificantes sintéticos têm muito pouco em comum com o seu “primo” derivado do petróleo, ainda que usados para um propósito semelhante.
Mas, enquanto um é projetado especificamente para a finalidade de lubrificação, o outro foi simplesmente transformado em algo que irá fazer o trabalho adequadamente.
Na fabricação de óleos de base sintética, o primeiro passo é o mais importante. Decide-se primeiro qual substância lubrificante vai ser utilizada. Uma vez decidido, uma pesquisa é feita para determinar as características que o lubrificante deve ter para essa aplicação em particular. Só após de uma série de parâmetros terem sido estabelecidos é que a fabricação começa.
A fabricação de óleos de base sintética é muito mais simples do que o refino de petróleo. No caso de materiais sintéticos, hidrocarbonetos de baixo peso molecular são quimicamente reagidos em laboratório para produzir materiais de maior peso molecular, com propriedades de lubrificação muito específicas (determinadas nas pesquisas anteriores).
Não há necessidade de separar a base mineral em frações de diferentes pesos moleculares, porque o praticamente somente peso molecular de interesse é formado na reação. Não há necessidade de extrair contaminantes ou transformá-los em algo útil, pois não há contaminantes nesse tipo de óleo.
Óleos base sintéticos fabricados desta forma terão os todos os benefícios básicos dos óleos minerais – com ótimo desempenho em alta ou baixa temperatura, melhor estabilidade oxidativa e térmica e maior características de diminuição de atrito e maior vida útil.
Mas, como se pode supor, o preço deles estão lá nas alturas. Por regra, são sempre empregados em motores de veículos de alta performance (Ferrari, Porche, …) pois esses sempre estão trabalhando em Temperaturas e RPM muito elevadas. Mas, você pode utilizá-lo em seu carro também, principalmente se o motor for novo.
ATENÇÃO
Para automóveis mais antigos (10 anos ou mais) o sintético não é a melhor relação custo/benefício, já que são motores projetados para trabalhar com lubrificantes de desempenho bem inferior aos vendidos hoje. Logo, o óleo mineral resolve seu caso.
Se quiser garantir uma proteção extra, um SJ ou um SL já está de bom tamanho. Além disto, outra restrição deve ser feita em relação aos motores mais rodados, uma vez que normalmente eles têm maiores folgas entre as partes móveis, como anéis de pistão, por exemplo, provocando maior “vazamento” de óleo para câmara de combustão e consequente fumaceira.
Na troca regular obedeça as informações do Manual do Proprietário para condições de transito severas ou em condições leves em 6 meses ou entre 4 e 5.000 Km e troque o filtro todas as vezes devido a ação dos novos APIs e para não contaminar o óleo novo.
Curiosidades: o óleo congela à -34,4°C e entra em ebulição à 360°C (isso quando não pega fogo antes, quando atingido aproximadamente 135°C)!
Fonte: http://oleoparacarros.com.br/2011/03/qu ... z2SnSv9Aai
waldir
09.06.14