SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Tem alguma dica sobre manutenção? Divulgue! Leia e mantenha seu Monza em dia!
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waldir
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SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por waldir »

Reeditado em virtude das fotos armazenadas no ImageShack não serem mais gratuitas e uma série delas se tornaram indisponíveis para veiculação automática nas matérias que emiti aqui nos Monzeiros como poderão verificar no link que segue, como também os comentários dos associados na ocasião da emissão e que enriqueceram as informações pretendidas.

Vide tópico originário: viewtopic.php?f=15&t=26946

SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Especificação de viscosidade

Regulada pela SAE - Society of Automotive Engineers, em português algo como “Sociedade de Engenheiros Automotivos”, consiste num código para facilitar a identificação da viscosidade dos óleos de motor

Viscosidade é uma medida que indica a resistência de um determinado líquido ao escoamento
(é só pensarmos no mel e na água. Quem é mais viscoso? O mel, que “se move” mais lentamente).

Nessa classificação, há basicamente dois grupos:

Os monoviscosos : “30” ou “30w” e

Os multiviscosos: “10w30”.

Os monoviscosos são pouco utilizados em carros hoje em dia, devido à maior capacidade dos multiviscosos de apresentarem menor variação da viscosidade quando se varia a temperatura.

Nesses foram introduzidos “aditivos” poliméricos que alteram as propriedades de viscosidade dependendo da temperatura que o óleo está.

Imagem

O primeiro número dos multiviscosos indica a viscosidade na partida com o motor frio (temperatura ambiente).


Quanto mais baixo esse número, menor será o esforço do motor na hora de acioná-lo pela primeira vez no dia. Isso é particularmente importante em países onde a temperatura do ambiente fica abaixo de zero com frequência.

O óleo deve ser capaz de se manter fluido em baixas temperaturas (e principalmente não se solidificar), para garantir que o motor consiga girar corretamente na hora da partida.

Na medida em que o motor vai aquecendo, passará a valer a viscosidade indicada pelo segundo número. Esse, por sua vez, indica a viscosidade à temperatura operacional de 100ºC. Quanto maior esse número, maior é a viscosidade quando o óleo está em altas temperaturas.

Assim um óleo 20 W 40, que se comporta como um 20 na partida a frio e como um 40 no funcionamento a quente.

Uma outra forma de entender os óleos multiviscosos é pensar em 20W40 como se fosse um óleo monoviscoso 20 (na partida) que não se afinará mais do que um 40 quando aquecido pelo trabalho do motor.

Aumentar a diferença entre os parâmetros significa mais flexibilidade, o que faz de um óleo 15 W 50 mais adequado em uso em condições extremas de temperatura de uso, que um 20 W 40.

Base do óleo – O terceiro grupo é a base do óleo, que pode ser mineral, sintética ou semi sintética.

Óleo Mineral
O óleo mineral é refinado do petróleo bruto, têm sido utilizados como lubrificante desde o desenvolvimento dos primeiros veículos automotores (~1910). Depois que o óleo é obtido, é realizado várias etapas de purificação no refino para melhorar sua qualidade de lubrificação. Normalmente apresenta muito mais elementos contaminantes que os outros 2 tipos.

Óleos Semi sintéticos
Há alguns lubrificantes disponíveis no mercado que são tão puros e refinados que poderiam ser classificados como sintéticos. Entretanto eles não são óleos sintéticos verdadeiros, eles têm um pouco de óleo de base mineral, (bem pouco, impossibilitando a classificação deles como “óleo mineral”). Esses são os chamados no Brasil de óleos semi sintéticos! Além de terem pouquíssimos contaminantes presentes, estes óleos apresentam características de desempenho elevado.

Óleos sintéticos
Lubrificantes sintéticos têm muito pouco em comum com o seu “primo” derivado do petróleo, ainda que usados para um propósito semelhante.
Mas, enquanto um é projetado especificamente para a finalidade de lubrificação, o outro foi simplesmente transformado em algo que irá fazer o trabalho adequadamente.

Na fabricação de óleos de base sintética, o primeiro passo é o mais importante. Decide-se primeiro qual substância lubrificante vai ser utilizada. Uma vez decidido, uma pesquisa é feita para determinar as características que o lubrificante deve ter para essa aplicação em particular. Só após de uma série de parâmetros terem sido estabelecidos é que a fabricação começa.

A fabricação de óleos de base sintética é muito mais simples do que o refino de petróleo. No caso de materiais sintéticos, hidrocarbonetos de baixo peso molecular são quimicamente reagidos em laboratório para produzir materiais de maior peso molecular, com propriedades de lubrificação muito específicas (determinadas nas pesquisas anteriores).

Não há necessidade de separar a base mineral em frações de diferentes pesos moleculares, porque o praticamente somente peso molecular de interesse é formado na reação. Não há necessidade de extrair contaminantes ou transformá-los em algo útil, pois não há contaminantes nesse tipo de óleo.

Óleos base sintéticos fabricados desta forma terão os todos os benefícios básicos dos óleos minerais – com ótimo desempenho em alta ou baixa temperatura, melhor estabilidade oxidativa e térmica e maior características de diminuição de atrito e maior vida útil.

Mas, como se pode supor, o preço deles estão lá nas alturas. Por regra, são sempre empregados em motores de veículos de alta performance (Ferrari, Porche, …) pois esses sempre estão trabalhando em Temperaturas e RPM muito elevadas. Mas, você pode utilizá-lo em seu carro também, principalmente se o motor for novo.

ATENÇÃO
Para automóveis mais antigos (10 anos ou mais) o sintético não é a melhor relação custo/benefício, já que são motores projetados para trabalhar com lubrificantes de desempenho bem inferior aos vendidos hoje. Logo, o óleo mineral resolve seu caso.

Se quiser garantir uma proteção extra, um SJ ou um SL já está de bom tamanho. Além disto, outra restrição deve ser feita em relação aos motores mais rodados, uma vez que normalmente eles têm maiores folgas entre as partes móveis, como anéis de pistão, por exemplo, provocando maior “vazamento” de óleo para câmara de combustão e consequente fumaceira.

Na troca regular obedeça as informações do Manual do Proprietário para condições de transito severas ou em condições leves em 6 meses ou entre 4 e 5.000 Km e troque o filtro todas as vezes devido a ação dos novos APIs e para não contaminar o óleo novo.

Curiosidades: o óleo congela à -34,4°C e entra em ebulição à 360°C (isso quando não pega fogo antes, quando atingido aproximadamente 135°C)!

Fonte: http://oleoparacarros.com.br/2011/03/qu ... z2SnSv9Aai

waldir
09.06.14
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waldir
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por waldir »

Amigos, vejam um video interessante sobre o assunto Óleo Lubrificante



https://www.youtube.com/watch?v=mJP6Q9JG2lg
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LeoStrop
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por LeoStrop »

Boas informações!

Estou em dúvida em qual óleo utilizar no meu Kadett 94, comprei recentemente então pra não ter que pensar muito coloquei um Mobil 20W50 até porque não sabia qual era utilizado anteriormente.

Mas agora to pesquisando as possibilidades que tenho. Acho o óleo 20W50 realmente muito grosso quando frio, mas tem uma ótima proteção quando quente para os nossos motores. Então queria abaixar o 20W mas não o 50.

As únicas opções viáveis são os 15W50 semi-sintéticos, digo isso pois existem 10W50 ou 5W50 mas são totalmente sintéticos e com preço muito alto, alguns são até próprios para corrida.

Dos 15W50, achei 3 opções interessantes:

1. Total Quartz 7000 SL: http://catalogo.totalbr.com.br/gallery/ ... 4000/14200

-Viscosidade a 40ºC: 137,05 cst
-Viscosidade a 100ºC: 18-19 cst

2. Motul 4100 Power SL: https://s3-eu-west-1.amazonaws.com/motu ... 1492017119

-Viscosidade a 40ºC: 154 cst
-Viscosidade a 100ºC: 19,7 cst

3. Petronas Syntium 800 HM SL: https://www.pli-petronas.com/br/cms/pdf ... roduct.pdf

-Viscosidade a 100ºC: 17 cst
-Viscosidade a 40ºC: Não informado na ficha técnica

Eu acho interessante sempre olhar as viscosidade pois dá uma ideia exata de quanto o óleo é fino ou groso.

Se comparar com um mineral 20W50, a exemplo o Total Classic 20W50 SL, temos essas viscosidades:

-Viscosidade a 40ºC: 170 cst
-Viscosidade a 100ºC: 19,5 cst

http://catalogo.totalbr.com.br/gallery/ ... 4000/14096

Comparando com o semissintético da Total 15W50, temos a viscosidade a 40ºC de 137 contra 170 do mineral 20W, o que deve ser uma melhorar considerável na partida a frio, mas mantendo quase as mesmas condições a quente ( Diferença de 1 cst).

Alguém já utilizou algum desses óleos, ou teria outra indicação de um 15W50?
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mspagiari
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por mspagiari »

Eu já usei o 15 e o 20 conforme o manual no monza (não uso nada fora da especificação do manual).

Prefiro o 20, pq o motor ta bem rodado.

Se eu usar o 15 começa a baixar óleo, pouco, mas baixa.

O 15 é indicado para motores retificados ou com pouco desgaste, o q não é meu caso.
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waldir
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por waldir »

Leo e MsPagiari, há 4 anos que tenho usado o Lubrax 15W50 atualmente o API é SN e Sintético.

Quando eu trocava o óleo em casa há 2 anos eu conseguia medir e baixava no máximo 250ml há cada troca (6 meses).

O primeiro semi sintético foi o Quartz 7000. Fiquei impressionado pq parecia água.

Mas estou satisfeito com o Lubrax 15W50 R$ 21,00 por litro no KogaKoga (troca gratuíta)
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LeoStrop
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por LeoStrop »

Legal Waldir! Vou pesquisar sobre o Lubrax, ainda mais por ser SN.

Algum motivo em especial por parar de usar o Total 7000? Achei ele uma opção interessante e ouvi bons relatos também. Qual sua avaliação?

Acho que vou de Total mesmo, quero migrar primeiro para o semi, pra depois pensar no sintético.

Quando mudou de mineral para sintético, chegou a utilizar algum produto de flush no motor?
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Gilmar Martins
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por Gilmar Martins »

Olá waldir. Passei a usar o 15/40 da Havoline (18,00 reis onde eu moro) depois que fiz o cabeçote do MPFI e também do meu Vectra. Uma vez que tive que trocar todo o óleo, então optei pelo semi sintético. O motor do MPFI tinha sido feito recentemente (um pouco antes de eu comprar) pois foi encamisado e havia ainda muito sinais do brunimento das camisas. Como eu ando muito pouco com ele não tive ainda um parâmetro de saber o quanto ele "consome de óleo", uma vez que a troca se dá bem antes do vencimento da quilometragem. No caso do Vectra noto que há um pequeno consumo, talvez uns 300 ml a cada troca. (o "Vecão" como o chamo carinhosamente) virou esta semana com 150.000 km rodados. (na marcha lenta nem parece que está funcionando de tão silencioso que é, só se ouve um pouco do "rosnar" do motor após os 4.000 giros, mas nada de barulho batendo, apenas o "rosnar" normal. KKKK.
Eu sempre havia utilizado o 20/50 AC DeLco.(14,00 reis) Mas depois de ler muito sobre lubrificantes aqui no fórum decidi fazer a troca.
No meu Classic 90 (que já passou dos 200.000 km rodados) continuo utilizando o 20/50 do AC Delco. Esse anda muito pouco, só dentro da cidade, em trajetos bem curtos. Mas Apesar da alta quilometragem ele basicamente não "consome" nada de óleo. Na verdade nem tem como consumir, pois é muito difícil sair com ele na estrada. É impressionante. O comando já á sinais de desgaste significativo, e aguardo uma folga para fazer o reparo total do conjunto.

A propósito suas pesquisas e orientações no começo desse tópico foram muito bem colocadas. Meus parabéns!

Abraços,
Gilmar
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waldir
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Re: SAE 15 W 50 - 20 W 50 VISCOSIDADE

Mensagem não lida por waldir »

Leo e Amigos, consultando o diário do meu Monza:
Até 2011 eu usava Helix 20W50 , ainda em 2011 mudei para Helix HX5 15W40 que era um SL e na época não era facil de encontrar. Em 2012 comecei a usar o Helix 15W50
Fui experimentar o Quartz 7000 por ser base sintética em Set de 2013 e levei um susto na coloração, o HX5 cor de mel escuro e o Quartz em relação parecia água.
O Quartz foi bem . Não usei nenhum flux pq o Shell já possuia detergentes e outros na formulação. Na quela época eu já trocava o óleo do motor + filtro a cada 4 meses; atualmente troco a cada 6 meses. 4 meses equivalia a mais ou menos 3500Km e hoje com 6 meses de 4,5 a 5.000 Km rodados.
Apareceu o Lubrax 15W50 SN e eu experimentei em Jan de 2014 e gostei. Ele é mais encorpado/denso que o Quartz e 'psicologicamente' me senti mais
confortável rsrs. Por ser SN não achei necessidade de mudança. Quando aparecer o SM vou experimentar.

Não tive coragem ainda de experimentar o 0 ou 5 W 50 que teoricamente aqui no Sudeste não faria diferença já que não temos temperatura abaixo de zero graus.

Gilmar, obrigado pelas considerações.

Abs

waldir
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