TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

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harrysonmonza
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

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Muito bom Waldir!!! Parabens!! Usei hoje!!
harrysonmonza
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

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harrysonmonza
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

Mensagem não lida por harrysonmonza »

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coy
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

Mensagem não lida por coy »

Muito bom este topico
http://www.monzeiros.com/forum/viewtopic.php?t=28526
MARCONI ALBERT
Savio Almeida
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

Mensagem não lida por Savio Almeida »

Waldir, parabéns pelo tópico. Certamente vai ser útil para os Monzeiros.

Não querendo causar polemica, acho necessário adequar umas terminologias que você usou.

1. A medida de Torque (ou Momento de Força) é "Força vezes distância", uma multiplicação, e não "Força por distância", uma divisão. Se for aplicada uma força de 10N com um braço de força com comprimento 0,5 m, o valor do Torque é 10N x 0,5 m = 5N x m. Por isso os torquímetros possuem um braço longo, para produzir um grande torque com uma força pequena (se não for assim, haja braço, rsrsrs). Apenas por curiosidade, um Kgf (Quilograma-força)) equivale a aproximadamente 10 N (Newton). (9,81 para ser mais exato). No exemplo anterior, 5N x m equivale a aproximadamente 0,5 Kgf x m (0,4905 Kgf x m, em valores mais exatos). A Unidade de medida Newton se usa obrigatoriamente em cálculos de Engenharia, e Kgf é mais comum nas técnicas diárias, principalmente em manutenção.

2. Todo elemento de máquina, que inclui o parafuso, não deve trabalhar jamais na "zona plástica", mas exclusivamente na "zona elástica". Na zona elástica, como o nome diz, as dimensões são restauradas ao valor inicial quando cessa o esforço. Na zona plástica há deformação permanente do elemento, e ele não voltará mais às dimensões originais quando cessar o esforço. O aperto de um parafuso levando-o à zona plástica vai provocar perda de aperto exatamente porque ele sofrerá uma deformação permanente. Sob tração, que é o caso do parafuso, a área de seção transversal do corpo do parafuso sofre diminuição (estricção) com consequente alongamento. Assim, ele aceitará novo aperto corretivo. E assim por diante até atingir a região de ruptura, quando então quebrará. Nos parafusos a ruptura se dá geralmente próximo à região da cabeça, onde ocorre o maior alongamento (espichamento), pois não há mais fios de rosca para travar o corpo do parafuso. Também é uma região onde ocorrem esforços de torção. A especificação de aperto de um parafuso com relação ao torque aplicado leva em conta a combinação tanto do esforço de tração quanto de torção. Esta visão de uso exclusivo em zona elástica vale para qualquer elemento de máquina.

Dessa maneira, a substituição dos parafusos usados por novos se faz por medida de segurança, apenas. Se um parafuso for sempre utilizado dentro da zona elástica, e se a quantidade de vezes em que sofrer aperto e desaperto for menor que o ciclo de fadiga (que deve ser de pelo menos algumas dezenas de vezes) para os esforções aplicados, suas dimensões não se alteram, como também não se alteram outras propriedades metalográficas. Se for fácil achar os parafusos do cabeçote, se sua qualidade for assegurada, e se o custo não for exorbitante, por que não substitui-los? Mas se houver alguma desconfiança, é melhor colocar os originais (limpos e lubrificados, é claro), que certamente já atenderam às exigências do fabricante, e devem estar no segundo uso, ou no máximo no terceiro uso. Mas este aspecto, subjetivo, deve ficar por conta do profissional da manutenção e do proprietário do veículo.

Desculpe pelos "pitacos", mas penso que uma visão bem correta é importante para todos.
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waldir
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

Mensagem não lida por waldir »

Savio,

obrigado pelo acréscimo.

Abs

waldir
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harrysonmonza
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

Mensagem não lida por harrysonmonza »

Sávio obrigado por sua colaboração!
Fiquei com uma dúvida ,dá para medir pelo tamanho do parafuso, e saber o quanto aumentou(esticou) ? Estou com os parafusos antigos em mãos ,era só para poder usa-los para análise.
Um cara da retífica ,me deu o seguinte macete; colocar um parafuso paralelo ao outro ,rosca com rosca. Segundo ele quando o para fuso está integro as roscas casão ,e quando estão esticados as roscas não casão. Fizemos essa comparação,pude constatar que as roscas só se" encaixa "as primeiras ,e logo depois ficam encavaladas ,trepadas(não sei qual termo técnico ou correto usar : :smt017 despreze minha ignoranncia :smt023 ). Mesmo assim não fiquei pensando se essa comparação servia ,afinal,de alguma maneira todos já haviam sofridos alguma deformação? Não é? Como não sei nada ,continuei na mesma :D
Pelo que vc falou e entendi ,então o ponto que sofre mais ,não é nas roscas e sim aquela parte lisa do parafuso da cabeça até as roscas???
Savio Almeida
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Re: TORQUE NOS PARAFUSOS DO CABEÇOTE

Mensagem não lida por Savio Almeida »

Sim, o ponto que mais sofre no corpo do parafuso é próximo à cabeça. Nos fios de rosca o esforço é distribuído mais ou menor por igual, dividendo o esforço total pela quantidade de fios de rosca utilizados. Mas não se pode deixar de considerar que o material onde o parafuso é rosqueado também pode ser deformado na região plástica, e desse modo o corpo do parafuso também pode se deformar progressivamente até a cabeça. A dica do cara da retífica é válida e mostra que é um profissional experiente. Se ficar constatada deformação do parafuso, então deve-se imaginar que sofreu aperto além do máximo admissível, e isso é bastante comum, infelizmente, pois poucos se lembram de limpar e lubrificar os fios de rosca internos e externos. Deve-se neste caso, limpar bem a rosca interna do furo onde o parafuso é rosqueado, lubrificar o parafuso novo e rosquear até o fim, para verificar se também há desigualdade de passo de rosca no furo. Se houver, deve ser corrigida com macho, passado apenas de leve, e de preferência evitar o macho número 3, que é muito agressivo. Nas roscas de grande diâmetro, deve ser possível um aperto apenas com leve torque, mas não deve ser possível apenas no "dedão".
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